O Pará é o estado da Região Norte que teve o maior número de assaltos a bancos em 2011 segundo levantamento feito pelo Sindicato dos Bancários do Pará. No ano passado, em todo o Estado, foram registrados 44 assaltos a bancos e tentativas, 17 na modalidade sapatinho; 19 a mais que 2010.
Com o objetivo de reduzir esses índices, o Sindicato teve a primeira reunião do ano com a Delegacia Especializada em Segurança Privada (Delesp) da Polícia Federal em Belém, na tarde da última quinta-feira (26). Em março, deve acontecer uma nova reunião.
“É de fundamental importância para nós do Sindicato estabelecermos uma parceria com a Polícia Federal em busca de melhorar a segurança nas agências bancárias. Enquanto os bancos não investem nesse item e a Secretaria de Segurança Pública do Pará também não toma providências eficazes para reduzir a criminalidade no Estado; nós estamos buscando outros meios para garantir a segurança dos bancários, clientes e usuários”, destaca o diretor jurídico do Sindicato, Sandro Mattos.
A Delesp fiscaliza as atividades de segurança privada em todo o país, com delegacias sediadas nas superintendências regionais da PF, que funcionam nas capitais.
No Pará, o chefe substituto da Delegacia é Antonio Bezerra. Segundo ele, além da capital, existem outros dois núcleos da Delesp em Santarém e Marabá. Anualmente, a equipe de agentes da Delegacia Especializada em Segurança Privada fiscaliza todas as agências bancárias do Estado e também autua caso alguma irregularidade seja encontrada.
O resultado desses trabalhos está na multa no valor de R$ 1, 258 milhão que dez bancos brasileiros tiveram que pagar no ano passado por descumprimento da Lei Federal nº 7.102/83 e normas de segurança.
“Essas multas são uma prova de que a segurança de trabalhadores e clientes nunca foi prioridade para os bancos que têm sim como investir nesse item, não fazem porque o que mais importa para eles são os lucros e o cumprimento de metas para arrecadar os milhões que tanto o interessam”, afirma o diretor do Sindicato, Gilmar Santos.
Para Bezerra, mudanças na lei fizeram com que os bancos investissem menos em segurança. “Antes de 1983, um dos itens obrigatórios para os estabelecimentos privados era a instalação de porta giratória com detector de metais, com as alterações, as instituições têm que ter artifícios que retardem ação de assaltantes. Ou seja, as empresas podem instalar equipamentos não tão eficazes para coibir os assaltos”, avalia.
Celular – Assim como o Sindicato, na avaliação de Antonio Bezerra a proibição do uso de celulares dentro das agências bancárias para combater o crime da saidinha é uma medida ineficaz. “Não tem fundamento algum que comprove a eficácia dessa proibição, que agora é lei aqui em Belém, e além dispersa atenção do vigilante que é responsável também em fiscalizar quem está utilizando o aparelho dentro do banco”, destaca.
Denuncie – A Delegacia Especializada em Segurança Privada também recebe denúncias de falta de segurança em estabelecimentos privados. O telefone para contato é o (91) 3231-0111. A identidade do denunciante será preservada e uma equipe da Polícia Federal irá até o local verificar as irregularidades.
Fonte: Bancários PA
