Vitória no combate à Terceirização no Banco da Amazônia

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O combate à terceirização no Banco da Amazônia ganhou força no processo de construção da Campanha Nacional e Especifica de 2011Na última quarta-feira, 18 de abril, tivemos uma demonstração de que a luta do Sindicato dos Bancários do Pará, juntamente com a Contraf-CUT e a Fetec-CUT/CN contra a Terceirização no Banco da Amazônia já deu resultados: em reunião com os empregados de Tecnologia da Informação (TI), o novo secretário executivo da área disse que o Banco tem como meta para esse ano a substituição dos terceirizados da TI pelos concursados.

O secretário anunciou na reunião que vários cursos de qualificação dos empregados da área de TI estão previstos para 2012, a fim de que os técnicos do Banco assumam gradativamente as tarefas que são realizadas apenas pelos terceirizados. Com essas medidas, o Banco reconhece que a mão de obra terceirizada é um custo muito alto para a instituição, além do que, na maioria das vezes, o retorno na qualidade dos serviços prestados não está à altura das expectativas da empresa. Outra informação importante é que o Banco da Amazônia pretende contratar mais 53 empregados concursados para a área de TI.

As medidas a serem adotadas são uma demonstração clara de que a luta das entidades sindicais não está sendo em vão. O combate à terceirização no Banco da Amazônia ganhou força no processo de construção da Campanha Nacional e Específica de 2011, sobretudo após a histórica greve de 77 dias do ano passado construída pelos empregados e empregadas da instituição em todos os Estados onde há sede do Banco.

O assunto terceirização foi pautado por diversas vezes pelo Sindicato, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN durante as mesas de negociação da Campanha Nacional 2011 no Banco da Amazônia, e foi mantida durante o ano de 2012 nas duas mesas de negociação permanente que ocorreram: uma em fevereiro (29) e outra em março (6). Além disso, o Sindicato também questiona o Banco sobre esse tema em uma ação judicial por estar descumprindo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) que estabelece a adequação entre o número de empregados e de serviços prestados por terceiros.

“Existe no Banco da Amazônia, principalmente na área de TI, uma situação evidente de descumprimento da determinação do TCU sobre a questão de terceirizações, e o Sindicato tem sido incansável no combate à terceirização dentro da instituição. Defendemos arduamente a valorização dos empregados e empregadas do Banco para o fortalecimento da instituição em prol do desenvolvimento regional. Felizmente, a nossa luta contra a terceirização começa a surtir efeitos positivos”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

“A mudança que está ocorrendo no Banco da Amazônia em relação às terceirizações na área de TI não ocorrem por iniciativa do Banco. Essa situação se deve à luta dos colegas da Tecnologia, junto com as entidades sindicais. Não podemos esquecer que também movemos uma ação civil pública para pressionar o Banco no sentido de considerar a área de TI como área fim e não área meio. Por isso, as mudanças anunciadas pelo Banco representam a vitória da luta dos trabalhadores contra as terceirizações”, afirma o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia na área de TI, Marco Aurélio Vaz.

Fonte: Bancários PA

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