Sindicato entrega carta à Dilma Roussef contra a precarização do trabalho

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Presidenta Dilma Rousseff em Castanhal em ato de entrega de unidades habitacionais do 'Minha Casa Minha Vida'Pela primeira vez o Pará recebeu a visita da presidenta Dilma Roussef. O município escolhido foi Castanhal, nordeste do Pará, para a entrega de 1.080 unidades habitacionais construídas por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida.Sindicato protestou contra os ataques do Banco do Brasil aos trabalhadores

Quem também compareceu ao evento foi o Sindicato dos Bancários do Pará que foi até a cidade especialmente para entregar à presidenta uma carta onde denuncia a péssima e irresponsável atual gestão do Banco do Brasil (BB).

No documento, a entidade relata os principais problemas enfrentados pelo funcionalismo do BB que vão desde a falta de funcionários, decisões unilaterais da diretoria, até o novo plano de funções.

“(…) dirigentes do banco impõem o terror e utilizando-se do expediente para perseguir e retaliar militantes sindicais e grevistas. Para isso alteraram normas, estabelecendo o cancelamento de férias, abonos, folgas, cursos para grevistas (…) Em 2012, o Banco do Brasil editou normas internas para facilitar a demissão ‘por ato de gestão’ e o descomissionamento sem justificativa plausível (…) Também em 2012, a diretoria do Banco do Brasil implementou, na cidade de Belém, um normativo que faz com que alguns caixas da empresa, em determinados dias, não saibam onde irão trabalhar, fazendo com que os mesmos tenham que se deslocar diariamente e de forma urgente (…)”, diz a carta.

Presidenta Dilma recebe as entidades sindicais em Castanhal“A mais recente prática antissindical do BB começou no dia 28 de janeiro quando o banco divulgou um novo normativo que extingue todas as funções comissionadas de 8 horas, o que também vai reduzir o salário de mais de 20.000 bancários. Somos a favor da redução da jornada, mas sem redução de salários, e vamos lutar em todas as instâncias contra essa postura do Banco do Brasil. Esperamos que a presidenta Dilma leia nosso manifesto e estabeleça relações de diálogo que possam reverter essa situação”, destaca a presidenta do Sindicato e funcionária do BB, Rosalina Amorim.

População de Castanhal aderiu ao protesto do Sindicato contra a insegurança no Pará“Nossos problemas não terminam por aqui, os bancários, clientes e usuários do Banco do Brasil no Pará também sofrem com a falta de funcionários que resulta em filas diárias e quilométricas, além do assédio moral, péssimas condições de trabalho e insegurança. Queremos e exigimos respeito e um banco público a serviço do Brasil e dos brasileiros”, ressalta o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Fábio Gian.

“Infelizmente o ano de 2012 será lembrado pelos funcionários e militantes sindicais do BB pelo autoritarismo imposto pela direção da empresa, mas não vamos nos curvar e vamos continuar resistindo a toda e qualquer tipo de perseguição. Por isso é importante que o bancário procure sempre o Sindicato para denunciar para que possamos tomar as medidas cabíveis em defesa do trabalhador. Além disso, é importante também que a categoria una-se a nós nessa luta, pois é assim que mostramos o tamanho da nossa força e capacidade de mobilização”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Gilmar Santos.

Sindicato também protestou contra a insegurança bancária no Pará

Ação da Central Única dos Trabalhadores – A reivindicação do Sindicato contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que também compareceu ao evento em Castanhal para entregar à presidenta Dilma Roussef a pauta sindical da CUT no Pará que contempla a categoria bancária e pede a realização de uma conferência nacional do Sistema Financeiro para discutir o papel dos bancos no país e a implementação urgente de diálogo nos bancos como Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banpará que têm péssimas condições e relações de trabalho.

“Estamos junto com o Sindicato dos Bancários do Pará nessa luta por melhores condições e relações de trabalho no Banco do Brasil e nos demais bancos públicos e privados que atuam no estado”, apoia o diretor da CUT Pará, Márcio Saldanha.

Fonte: Bancários PA

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