Confira as entrevistas do Brasil de Fato com os vencedores do 63º Prêmio Jabuti

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A condecoração do 63º Prêmio Jabuti às melhores obras literárias do país foi realizada nesta quinta-feira (25). No total, 3,4 mil obras concorreram à premiação, o que representa um aumento de 31% nas inscrições em relação ao ano passado.

O prêmio é dividido em quatro eixos: literatura, não ficção, produção editorial e inovação, que comportam outras vinte categorias.

Entre os vencedores, estão o escritor e colunista, Jeferson Tenório, patrono da Feira do Livro de Porto Alegre de 2020, com o livro O Avesso da Pele, na categoria de romance literário.

Nascido no Rio de Janeiro e radicado em Porto Alegre, Tenório é doutorando em Teoria Literária pela PUCRS. Teve textos adaptados para o teatro e contos traduzidos para o inglês e o espanhol. Até o início desse ano Tenório ministrava aulas de literatura, devido ao sucesso do recente livro, suspendeu a atividade docente para se dedicar a agenda intensa provocada por sua obra.

Em recente entrevista ao Brasil de Fato RS, Tenório falou sobre racismo, outros autores e autoras negros, como Conceição Evaristo, seu livro, entre outros assuntos. Confira a entrevista completa.

Também foi premiada a paraense Monique Malcher, na categoria ficção, com o livro Flor de Gume. Nascida em Santarém, no oeste do Pará, Monique Malcher escreve desde os 10 anos de forma consistente. “Fico aborrecida quando falam que sou uma escritora iniciante. É preciso desconstruir a ideia de que a literatura começa e termina no livro. Há tantos formatos dos quais faço uso que me recuso a ser tratada como uma escritora que teve sorte”, conta Monique, que já vendeu diversos dos seus formatos literários no ônibus e sempre teve como foco ser lida.

Flor de Gume trata de temas que, infelizmente, rodeiam o mundo feminino como alienação parental, violência doméstica e abuso sexual. A obra literária conta com 37 contos que reúne histórias das mulheres da vida de Monique como mãe e avós, mas também de mulheres diversas com quem cruzou em sua existência, como quando trabalhou com vítimas de violência doméstica, quando ainda exercia o jornalismo.

Confira a entrevista recente completa de Malcher ao Brasil de Fato:

Outro vencedor do Prêmio Jabuti é Bruno Paes Manso, da categoria Biografia, Documentário e Reportagem, com o livro A República das Milícias: Dos esquadrões da morte à era Bolsonaro.

O livro parte da pesquisa do jornalista sobre as raízes da formação dos grupos paramilitares que atuam no Rio de Janeiro desde o final dos anos 1990 e começo dos 2000 na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste fluminense.

De lá, saíram diversos personagens que habitam o entorno do Presidente da República, Jair Bolsonaro, entre eles Fabrício Queiroz, funcionário de Flávio Bolsonaro e uma das cabeças por trás do esquema de rachadinhas do gabinete do então deputado estadual e Adriano da Nóbrega, ex-policial do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro, morto em 2019 na Bahia, que se tornou um dos maiores criminosos da cidade, ao fundar o grupo miliciano Escritório do Crime.

Confira a entrevista na íntegra:

 

Fonte: Brasil de Fato

 

 

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