Assembleia define ações contra a Lateralidade no Banco da Amazônia

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Assembleia-do-Banco-da-Amazônia-definiu-ações-dos-empregados-contra-a-LateralidadeRealizar Dia Nacional de Luta, paralisações na matriz e nas agências, mover ação judicial e construir uma grande onda de mobilizações contra a Lateralidade no Banco da Amazônia. Essas foram as principais deliberações da assembleia geral dos empregados do banco realizada na noite dessa quinta-feira (14) no auditório do Sindicato dos Bancários do Pará.

Rosalina-Amorim---Se-for-necessário-deflagrar-greve-para-barrar-a-Lateralidade-nós-faremos“A partir da próxima semana iniciaremos uma série de movimentações dentro do Banco da Amazônia no sentido de barrar a Lateralidade no banco, pois essa é uma medida que somente retira direitos e afeta diretamente as condições de trabalho e a qualidade de vida da categoria. E se for necessário deflagrarmos greve para impedir o avanço dessa medida autoritária e unilateral no Banco da Amazônia, nós faremos, assim como fizemos no Banco do Brasil”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Sérgio-Trindade---A-luta-contra-a-Lateralidade-é-de-toda-a-categoria-bancáriaDia Nacional de Luta – Na próxima quarta-feira, dia 20 de março, o Sindicato em conjunto com a Contraf-CUT, Fetec Centro Norte, demais sindicatos que possuem empregados do Banco da Amazônia em sua base e as associações de empregados e aposentados do banco farão um Dia Nacional de Luta contra a lateralidade.

“Essa luta contra a Lateralidade é de toda a categoria bancária, por isso estaremos unindo forças com todas as entidades representativas dos empregados do Banco da Amazônia para construir um movimento forte e unificado para barrar essa medida do banco que pretende reduzir custos e sobrecarregar, sem remuneração adicional, os empregados da instituição, o que não aceitamos sob hipótese alguma”, destaca o vice-presidente do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Ação jurídica – O Sindicato ingressará na Justiça do Trabalho com uma Ação Civil Pública contra o sistema de Lateralidade implementado no Banco da Amazônia. Além disso, o Sindicato pedirá na Ação que o Ministério Público do Trabalho atue no processo em conjunto com a entidade.

Entenda porque devemos lutar contra a Lateralidade

A exemplo do Banco do Brasil, o Banco da Amazônia implanta agora, desde o dia 4 de março, a política da Lateralidade, que consiste na substituição do titular da comissão que se ausentar temporariamente por outro comissionado de mesmo nível hierárquico, sem percepção de nenhuma vantagem financeira.

Ocorre que, na prática, quem assume as tarefas do comissionado substituído geralmente é um funcionário subordinado do mesmo setor/gerência, que acaba por realizar o trabalho sem a devida remuneração.

Essa espécie de desvio de função já é realidade no Banco do Brasil, onde em tese seria possível um comissionado despachar com sua senha os serviços de outra gerência. Mais ainda será no Banco da Amazônia, onde os processos em grande parte ainda são manuais.

A política da Lateralidade visa basicamente reduzir custos da empresa. No entanto, essa redução se dá punindo os funcionários que eventualmente assumem os serviços como substitutos. Mesmos os substitutos de mesmo nível hierárquico são duramente penalizados por essa medida, visto que terão sua carga de trabalho e suas responsabilidades dobradas sem, no entanto, receberem nada a mais por isso e continuarem com as mesmas péssimas condições de trabalho.

Fonte: Bancários PA

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