O motivo da paralisação de 24 horas em todas as agências do Banco do Brasil no país é para aumentar a pressão contra o banco até que ele negocie com as entidades sobre o novo Plano de Funções. Em Belém, a concentração nessa terça-feira (30) foi na agência Canudos, no bairro de São Brás.
Para intimidar os bancários e bancárias, o banco chegou a informar que a greve não era legítima, pois não houve comunicado avisando sobre a paralisação. Durante o ato, o Sindicato esclareceu que o protesto é totalmente legítimo, com realização de assembleias e aviso de greve em um jornal de grande circulação da capital.
“Nossa greve nacional representa o descontentamento do funcionalismo do Banco do Brasil com a tentativa do banco de reduzir os salários com os novos planos de funções, o qual está sendo implementado sem diálogo com os trabalhadores e com ameaças de descomissionamentos para quem não aderir à medida do banco. Ainda que aqui no Pará e Amapá a ação jurídica movida pelo Sindicato tenha sido vitoriosa em primeira instância, suspendendo os itens da proposta dos novos planos que são prejudiciais aos trabalhadores, precisamos lutar para garantir nossos direitos em mesa de negociação”, destaca a presidenta do Sindicato e funcionária do banco, Rosalina Amorim.
Desde janeiro, quando de forma unilateral o plano foi implantado, a direção do BB nunca chamou as entidades sindicais para discutir, apesar das várias tentativas da Contraf-CUT, federações e sindicatos.
“O Banco do Brasil até chegou a marcar uma reunião para o dia 9 desse mês, mas em cima da hora, através de um comunicado, desmarcou o encontro sem qualquer justificativa; em um total desrespeito aos dirigentes que já se encontravam em Brasília. Infelizmente é dessa forma que este banco trata seus trabalhadores. Hoje é o plano de funções, amanhã pode ser outra truculência, se a gente não fizer a nossa parte, e neste momento é a de cruzar os braços em protesto”, afirma o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Fábio Gian.
Em vez de diálogo, ataques e truculência
A direção do BB, em vez de dialogar e negociar com os representantes dos trabalhadores, tem abusado de boletins pessoais dirigidos aos funcionários para atacar os sindicatos.
“No último boletim pessoal, a direção do banco mandou um diretor reafirmar que não negocia o Plano de Funções, mostrando total falta de respeito com os funcionários que estão descontentes com o modelo do plano, a maneira como foi implantado, a pressão por metas, ameaças, e outras formas de assédio moral”, conta o diretor do Sindicato e também funcionário do BB, Gilmar Santos.
Fonte: Bancários PA
