Última Caravana Bancária do ano desembarca em Mãe do Rio, Aurora do Pará, Ipixuna e Paragominas

0

Com a chegada da vacina no início do ano, a Caravana Bancária foi retomada e aos poucos intensificada, e se despede de 2021 com um saldo positivo de mais de 70 municípios visitados em meio a uma pandemia.

“Gostaríamos de chegar em mais cidades, mas temos poucos dirigentes liberados diante da extensão territorial de nosso estado. Não podemos deixar de lembrar uma das maiores perdas que tivemos esse ano, de um dos dirigentes que mais estava presente nas Caravanas, Saulo Araújo. Para 2022 a previsão é de intensificar ainda mais as visitas presenciais aos bancários e bancárias em todo o Pará, conforme o cenário da pandemia; por isso reforçamos a necessidade da vacinação como um pacto coletivo pela saúde pública”, destaca a presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

Mãe do Rio, Ipixuna, Aurora do Pará e Paragominas, no sudeste paraense, foram os últimos municípios a receberem a Caravana Bancária nesse ano, e os bancários e bancárias sindicalizados, os primeiros a ganharem a agenda e calendário 2022; fora da Região Metropolitana de Belém.

“Eu quero falar o quanto é importante receber o Sindicato nas agências. É sempre bem-vindo colegas que lutam aí pelos nossos direitos”, afirma a bancária do BB em Mãe do Rio, Zyllpa Carvalho.

“Conseguimos cumprir o roteiro em dois dias de viagem e apesar de uma conversa rápida com os colegas, por conta da demanda diária nas agências bancárias tanto da capital quanto do interior, fomos bem recepcionados e acolhidos; mas infelizmente os mesmos problemas que os colegas enfrentam na Região Metropolitana de Belém, eles se estendem para os demais municípios: sobram reivindicações de mais contratações e reclamação de clientes e usuários, faltam mais bancários e bancários para o atendimento ao público”, conta o diretor de bancos privados e bancário do Santander, Paulo César Farias.

A realidade que antes era comum nos bancos públicos agora faz parte também da rotina de bancos privados, principalmente nas unidades do Bradesco, reflexo das cerca de 200 demissões, somente no Pará, ao longo do ano que ainda não acabou. “Estamos exaustos, precisamos urgente de mais bancários e bancários junto com a gente; e se formos reclamar às gerências, somos mal-vistos, é pior; só nos resta fazer esse apelo a vocês”, desabafa uma bancária que não será identificada.

As demissões, condições desumanas de trabalho fizeram parte de uma campanha nas redes sociais #QueVergonhaBradesco, no final do mês passado, que também tem sido pauta permanente das mesas de negociação específica e conforme a vontade do bancário ou bancária demitida, de ação na justiça com pedido de reintegração.

“A direção do banco deu sua palavra, em mesa de negociação, que não iria demitir na pandemia, que ainda não acabou. Mas na prática não é isso que vemos nas agências que visitamos, especialmente as que viraram Postos de Atendimento, que contam com no máximo dois bancários em prédios sem o mínimo de segurança bancária”, comenta a diretora de Políticas Sociais da Contraf-CUT e ex-presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Ao final de setembro de 2021, a holding contava com 87.736 empregados no país, com fechamento de 8.198 postos de trabalho em doze meses.

É tempo de esperançar

Com a chegada das duas doses da vacina, a dose de reforço, a redução no número de casos confirmados e mortes para a covid-19 no Brasil e no Pará; a esperança de um 2022 melhor também ressurge na mente e coração de milhares de brasileiros e brasileiras que acreditam na ciência e já estão imunizados.

“É justamente essa mensagem de esperança que trazemos na capa da agenda bancária ‘é tempo de esperançar’, totalmente inspirada no Patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire. Precisamos deste sentimento em cada um de nós para o que nos espera no ano que vem, ano de eleição e Campanha Salarial; que precisamos estar unidos e fortalecidos. E não existe exemplo maior de uma categoria forte que não seja a partir da sindicalização, é ela que nos permite realizar Caravanas, confeccionar agendas e calendários, organizar manifestações, paralisações”, destaca o diretor de esportes do Sindicato e bancário do Banco da Amazônia, Luiz Otávio.

O bancário do Banpará em Aurora do Pará, Doriedson dos Santos, não só faz coro, mas como pediu a palavra durante reunião na agência para falar da importância da sindicalização que vai além do 1% da mensalidade.

“Eu sou uma pessoa que tem opinião como todos têm e a gente às vezes, pela idade que a gente tem, experiência de vida que a gente tem, a gente sempre tende a defender aquilo que a gente acredita; e quando é associado, quando a gente é atrelado, a gente tem a oportunidade de se fortalecer mais ainda com as opiniões da gente, que faz parte da vida da gente. Não tem como você achar, não deixa isso pra lá, eu acredito que só somos algo, que só somos o que somos, por aquilo que a gente defende, da forma que a gente defende. Você paga um valor irrisório, que está embutido dentro da sua anualidade, uma das situações. A outra é que a vida da gente sempre foi de altos e baixos, tem assessoria jurídica, tem outros mecanismos que a gente pode usufruir, e é por aí”, explica Doriedson que tem mais de 10 anos de associado.

 

Fonte: Bancários PA

Comments are closed.