Representantes do “Basta! Não irão nos calar” se reúnem para troca de experiências

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Iniciativa propõe fortalecer os canais, criados pelo movimento sindical bancário, de atendimento jurídico a mulheres em situação de violência doméstica e familiar

Representantes dos canais “Basta! Não irão nos calar”, atualmente presentes em 12 sindicatos e federações de bancários, se reuniram, na última quarta-feira (12), para balanço e troca de experiências sobre o projeto, que oferece atendimento jurídico a mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

O encontro foi promovido pela secretaria da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Essa é a segunda atividade do tipo que realizamos. E o resultado que tivemos, mais uma vez, foi muito produtivo, porque estamos aprofundando o conhecimento sobre os desafios locais e discutindo parcerias para encontrar soluções. Então, essa é a importância desse espaço de troca”, explicou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

A advogada e assessora técnica para a implementação do Basta, Phamela Godoy, destacou que também foram debatidas dificuldades em relação ao sistema judiciário e fragilidades da Lei Maria da Penha. “Com isso, entre as resoluções que tiramos deste encontro estão ações que vamos desenvolver, junto à secretaria da Mulher da Contraf, para, conhecendo melhor esses mecanismos e seus gargalos, ampliar as ferramentas de apoio às mulheres que chegam até o Basta”, completou.

Entenda

  • O “Basta! Não irão nos calar” é um projeto de assessoria jurídica para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, que nasceu no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em 2019.
  • Cerca de dois anos depois, em agosto de 2021, foi lançado em âmbito nacional pela Contraf-CUT.
  • O papel da Contraf-CUT no Basta! é apoiar a implantação dos serviços de atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar.
  • O desenvolvimento do projeto é, por sua vez, realizado pelas federações e sindicatos da categoria bancária, onde são estabelecidos os canais para as vítimas contatarem assessoria jurídica, desde a orientação para a procura dos canais e serviços públicos até orientações sobre questões como guarda dos filhos.
  • Até março de 2023, os canais do Basta! haviam atendido 360 pessoas, sendo 358 mulheres e dois homens parentes de mulheres em situação de violência doméstica ou familiar.
  • Do total de atendimentos, foram geradas 256 ações judiciais, sendo 164 pedidos de medida protetiva de urgência obtidos com a assessoria dos sindicatos às vítimas.
  • A implantação do Basta! acontece em cinco etapas:
  1. Primeiro é definir como se dará o atendimento inicial às vítimas, se por meio de redes sociais, por telefone ou atendimento presencial. Também é necessário definir o horário de atendimento.
  2. Na segunda fase, ocorre a definição de quem fará o atendimento, se dirigentes sindicais, advogadas da entidade ou advogadas parceiras.
  3. Na terceira, é a formação da equipe do projeto, em um curso com 30 horas de duração (discussão de temas como desigualdades, atendimento humanizado, Lei Maria da Penha e outros instrumentos legislativos).
  4. A quarta fase é sobre a articulação com a rede local de enfrentamento à violência doméstica, como os serviços disponíveis na região.
  5. A última etapa é a de acompanhamento dos primeiros atendimentos.

Acesse a cartilha do Projeto Basta, disponível para download na área restrita do site Contra-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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