Bancários do Pará realizam ato em duas agências de Belém contra demissões e fechamento de unidades do Bradesco

0

O Dia Nacional de Luta no Bradesco, realizado nesta terça-feira (12), levou bancários e bancárias às ruas de todo o Brasil para denunciar o processo de reestruturação que vem desmontando unidades, precarizando o atendimento e eliminando milhares de postos de trabalho.

Em Belém, a mobilização aconteceu nas agências Nazaré e Pedreira, que tiveram seu funcionamento retardado em uma hora. As unidades estão no plano de fechamento do banco, que já resultou, apenas nos últimos cinco anos, no encerramento de 1.800 agências e na eliminação de mais de 25 mil postos de trabalho. Só no primeiro semestre de 2025, foram 2.400 demissões em todo o país, segundo dados preliminares das federações.

“O Bradesco está transformando as agências físicas em agências digitais. O cliente continua pagando tarifas altíssimas, mas passa a se ‘auto atender’. O pior é que o trabalhador, a trabalhadora entra saudável e, quando o banco decide demitir ou fechar a agência, não se preocupa com a situação de quem está lá. Muitos são desligados já adoecidos, perdendo emprego e plano de saúde de uma só vez. Estamos aqui para denunciar essa exorbitância e alertar a população antes que perceba, tarde demais, que sua agência foi fechada”, denuncia Heládia Carvalho, diretora de Saúde do Sindicato dos Bancários do Pará e funcionária do Bradesco.

O sindicato também alerta que o discurso de “modernização” do banco esconde uma estratégia de redução de custos à custa do atendimento e do emprego. “Em Belém, já tivemos fechamento de 16 agências e redução drástica de pessoal. Em muitas unidades, os bancários e bancárias trabalham sob constante ameaça de transferência ou demissão. Essa pressão adoece, gera medo e sobrecarga. Quem fica, assume tarefas de vários colegas e vê filas e reclamações aumentarem, enquanto o Bradesco se gaba de lucros bilionários”, afirma Eliana Lima, diretora de Formação do SEEB Pará e funcionária do banco.

O direito da população de ser atendida presencialmente também está sob ataque. “O cliente tem direito de escolher o canal de atendimento. Não é obrigado a resolver tudo pelo aplicativo ou caixa eletrônico. Mas o que o Bradesco faz é fechar agências, reduzir o quadro e empurrar todo mundo para o digital, priorizando apenas grandes clientes. São pais e mães de família que dão o sangue para gerar lucro recorde e que, mesmo assim, são jogados no desemprego. Nosso recado é claro: se não tem bancário, não tem atendimento de qualidade, não tem mais nada”, destaca Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará.

Essa mobilização em Belém integra a luta nacional para barrar os ataques do Bradesco. O Sindicato dos Bancários do Pará segue atuando com firmeza para impedir demissões, fechamento de agências e retirada de direitos. A defesa do emprego e do atendimento de qualidade à população é prioridade — e a categoria pode contar com um sindicato presente e combativo em todas as frentes.

 

Fonte: Bancários Pará

Comments are closed.