Nesta terça-feira (7), o Sindicato dos Bancários do Pará realizou o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, mobilização que integra uma jornada nacional em defesa do plano de saúde das empregadas e dos empregados da Caixa Econômica Federal. No estado, as ações ocorreram com retardamento de uma hora na abertura da agência Marco, em Belém, e com distribuição de material e reuniões nos setores do Edifício Sede e da agência São Brás. Também houve mobilização na agência Nova Marabá, em Marabá, e na agência Santarém, em Santarém.
A mobilização teve como objetivo dialogar com as trabalhadoras e trabalhadores sobre o andamento das negociações para a renovação do Acordo Coletivo do Saúde Caixa, que se encontra em fase decisiva, e pressionar o banco a apresentar uma proposta justa. O plano é uma conquista histórica da categoria e vem sendo ameaçado pelas propostas recentes apresentadas pela empresa, que aumentariam significativamente os custos para os empregados e empregadas.
Entre as principais reivindicações estão:
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Reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa;
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Fim do teto de custeio de 6,5% da folha salarial;
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Cumprimento do modelo de custeio 70/30;
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Melhoria e ampliação da rede credenciada;
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Fortalecimento do GT Saúde Caixa e do Conselho de Usuários;
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Inclusão de plano na aposentadoria para contratados após 2018;
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Funcionamento efetivo dos comitês de credenciamento;
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Participação dos usuários na gestão do plano.
Enquanto os protestos ocorriam no Pará e em todo o país, a Caixa cancelou a negociação que estava prevista para esta terça-feira, após apresentar uma proposta considerada inaceitável, que prevê aumento médio de 71% nas mensalidades. A proposta inclui elevar a contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5% e reajustar o valor por dependente de R$ 480 para R$ 672, onerando fortemente os trabalhadores e trabalhadoras.
Durante o ato em frente à Agência Marco, em Belém, a presidenta do Sindicato e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira, enfatizou que a mobilização é um alerta ao banco:
“Não vamos aceitar esse reajuste abusivo. A Caixa precisa retomar a negociação e assumir sua responsabilidade de custear 70% do plano, como sempre foi. Essa luta é por respeito e valorização. Não aceitaremos retrocessos num direito tão essencial quanto o acesso à saúde.”
A diretora de formação do sindicato, Cristiane Aleixo, lembrou que o banco demorou meses para apresentar uma proposta e que o conteúdo apresentado é desrespeitoso:
“Desde fevereiro estamos tentando negociar, e só agora, em outubro, a Caixa vem com uma proposta indecente, de mais de 70% de aumento. Isso é um ataque direto à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras que dedicam suas vidas ao banco.”
O diretor administrativo do SEEB Pará, Everton Cunha, destacou o impacto da má gestão do plano sobre os empregados e empregadas:
“A Caixa vem negando procedimentos e não cumpre o custeio 70/30. Muitos colegas estão adoecendo e enfrentando dificuldades para acessar o próprio plano. Queremos que o banco valorize quem faz a empresa acontecer.”
De Santarém, o diretor e bancário da Caixa, Joacy Belém reforçou que o Saúde Caixa é uma conquista que precisa ser defendida:
“Essa luta é para garantir o futuro do nosso plano e da nossa saúde. O Saúde Caixa é fruto da organização e da unidade dos trabalhadores e trabalhadoras e a Caixa precisa recuar e respeitar essa história.”
Em Marabá, o diretor de ramo financeiro, Wellington Araújo, reforçou a continuidade da mobilização:
“Hoje foi só o começo. A categoria está atenta e disposta a continuar lutando até que o banco apresente uma proposta digna e respeitosa.”
O Sindicato dos Bancários do Pará reafirma seu compromisso em defender o Saúde Caixa como um direito fundamental das empregadas e empregados e convoca a categoria a seguir mobilizada nas agências e nas redes sociais com a hashtag #ReajusteZero, até que a Caixa apresente uma proposta que valorize a vida e o trabalho de quem constrói o banco todos os dias.
Fonte: Bancários Pará