Trabalhadores do Itaú vão às ruas contra demissões: “O banco lucra bilhões às custas da precarização”

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Nesta terça-feira (14), o Sindicato dos Bancários do Pará realizou um ato em frente à agência do Itaú no bairro da Pedreira, em Belém, como parte do Dia Nacional de Luta contra as demissões em massa promovidas pelo banco. O Itaú, que lucrou mais de R$ 20 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, segue com uma política agressiva de cortes de pessoal e fechamento de agências em todo o país.

A mobilização, que também ocorreu em outros estados, teve como objetivo denunciar o descaso do banco com trabalhadores, trabalhadoras, usuários e clientes, além de evidenciar o impacto direto da redução de postos de trabalho no atendimento à população.

“O Itaú cobra tarifas altíssimas dos seus clientes, de seus usuários, de todos que precisam vir às agências. Essas mil demissões que nós tivemos impactam diretamente no atendimento da população, porque a população tem o seu atendimento precarizado. Quando você precisa resolver um problema numa agência bancária, tem que tirar o dia inteiro de trabalho, deixar seus afazeres pra enfrentar uma fila sem saber que horas vai sair”, afirmou Sandro Mattos, diretor do Sindicato dos Bancários do Pará, coordenador da COE/Itaú pela Fetec-CUT/CN e também funcionário do banco.

As demissões não afetam apenas o atendimento. De acordo com o Sindicato, o modelo de gestão atual tem adoecido trabalhadores e trabalhadoras, que enfrentam sobrecarga e metas abusivas diariamente

“Tem muitos colegas adoecidos por conta das metas abusivas. Muita gente acha que o bancário entra às 10h e sai às 16h. Ledo engano! A gente chega 8h, 9h da manhã, e muitas vezes sai 18h, 19h. Isso quando não tem que levar trabalho pra casa”, denuncia Márcio Saldanha, diretor do Sindicato e da CUT Pará.

O Sindicato reforça que a luta vai continuar, e que não aceitará calado o fechamento de postos de trabalho enquanto o banco ostenta lucros bilionários. A mobilização nacional tem o objetivo de pressionar o Itaú a rever sua política de demissões, a valorização dos trabalhadores, trabalhadoras e a garantia de um atendimento digno à população.

Fonte: Bancários Pará

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