Ana Patrícia e Duda celebram protagonismo das mulheres brasileiras no encerramento das Olimpíadas de Paris

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Medalhistas de outo no vôlei de praia feminino, Ana Patrícia e Duda foram porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de encerramento das Olimpíadas Paris 2024 deste domingo (11), no Stade de France, a pedido do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

O time brasileiro levou o vôlei de praia feminino novamente ao topo do pódio olímpico depois de 28 anos. Na estreia da modalidade nos Jogos, em Atlanta (1996), o país fez história com uma final toda brasileira. Jaqueline Silva e Sandra Pires venceram Mônica Rodrigues e Adriana Samuel.

Desde então, o Brasil ficou fora do pódio no feminino apenas em Pequim (2008) e Tóquio (2021). A conquista manteve a escrita destes Jogos Olímpicos: apenas mulheres conquistaram medalhas de ouro. As outras duas vieram pelas mãos da judoca Beatriz Souza e da ginasta Rebeca Andrade.

Festa de encerramento

O Stade de France foi palco da cerimônia de encerramento da Olimpíadas de Paris a partir das 21h locais (16h em Brasília), com a participação de Tom Cruise e Snoop Dogg na passagem de bastão para Los Angeles, a próxima sede olímpica em 2028.

Acrobatas, dançarinos e até bombeiros participaram da cerimônia de encerramento com o tema de uma distopia futurista, em que um personagem, “o viajante dourado”, interpretado pelo b-boy francês Arthur Cadre, redescobre os Jogos Olímpicos, como fez o Barão Pierre de Coubertin no século XIX.

Com duração de cerca de duas horas e meia, foi mais curta que a de abertura no dia 26 de julho, que durou quatro horas e foi histórica por não ter acontecido em um estádio, mas ao longo do Sena e com o atletas desfilando a bordo de 85 embarcações. O diretor artístico é mais uma vez Thomas Jolly.

Protagonistas

O destaque feminino no pódio brasileiro durante as Olimpíadas de Paris 2024 é incontestável. No total, as atletas brasileiras são responsáveis por 12 das 20 medalhas conquistadas pelo país na capital francesa.

Apenas mulheres conquistaram medalhas de ouro para o país: Beatriz Souza no judô, Rebeca Andrade na ginástica artística e a dupla Ana Patrícia e Duda no vôlei de praia. Na prata, foram mais duas de Rebeca, além da vitória de Tatiana Weston-Webb no surfe. Já o bronze brilhou para Rayssa Leal no skate, Larissa Pimenta no judô e Bia Ferreira no boxe.

Apesar do protagonismo no quadro de medalhas da competição internacional, elas seguem fora dos principais cargos de decisão do esporte no país. O Conselho de Administração, responsável por definir estratégias e orientar a direção do COB, é formado por 12 homens e apenas uma mulher, Yane Marques.

Liderança dos EUA

Antes do início da festa de encerramento foram entregues as últimas medalhas, entre elas a de ouro para a seleção feminina de basquete dos Estados Unidos, que venceu a França por 67-66 e conquistou seu oitavo título olímpico consecutivo.

Com isso, os EUA terminaram o quadro de medalhas na liderança, empatado em 40 ouros com a China. A delegação estadunidense, no entanto, conseguiu mais pratas que a chinesa (44 contra 27) e mais medalhas no total: 126 a 91. O Japão foi o terceiro, com 45 medalhas (20-12-13).

Além da maratona feminina, pela primeira vez na história realizada no último dia (em vez da masculina), a Dinamarca conquistou a medalha de ouro no handebol Masculino ao vencer a Alemanha por 39-26.

No vôlei feminino, a Itália venceu os Estados Unidos, enquanto Sérvia e Dinamarca foram coroadas nas competições masculinas de polo aquático e handebol. Na luta livre foram três medalhas latinas neste domingo: bronzes para colombiana Tatiana Rentería e a cubana Milaimy Marín na categoria 76 kg, e o bronze nos 65 quilos para o porto-riquenho Sebastián Rivera.

Estrelas que fizeram história em 19 dias de competições

As Olimpíadas de Paris ficaram marcadas pela consagração da ginasta Rebeca Andrade como a atleta brasileira mais vitoriosa da história dos Jogos, entre homens e mulheres. Com um ouro, duas pratas e um bronze, a paulista de 25 anos superou a marca de cinco medalhas dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt e se isolou na liderança, com seis.

O lutador cubano Mijaín López conquistou seu quinto ouro consecutivo na mesma modalidade, um feito inédito, e a nadadora americana Katie Ledecky conquistou duas medalhas de ouro (800 metros e 1.500), e agora, com nove, é a mulher mais premiada em Jogos Olímpicos, junto com a ginasta soviética Larissa Latynina.

O nadador francês Léon Marchand fez a torcida local delirar com suas quatro medalhas de ouro; a ginasta Simone Biles recuperou sua saúde mental que a afastou em Tóquio e também seu trono em Paris com três ouros, incluindo a competição individual.

Na pista de atletismo, o sueco Armand Duplantis quebrou novamente o recorde mundial do salto com vara com um voo de 6,25 metros.

Brasil em 20º

No sábado, a delegação brasileira encerrou sua participação nos Jogos de Paris em 20º lugar no quadro de medalhas, com um total de 20: três de ouro, sete de prata e dez de bronze.O desempenho ficou abaixo de Tóquio-2020 (12° lugar) e Rio-2016 (13º), quando os brasileiros conquistaram sete ouros em cada uma dessas edições.

Mas por outro lado, em termos de quantidade de pódios, só perdeu para o dos Jogos realizados na capital japonesa, quando o Brasil conquistou um total de 21 medalhas.Grael e Scheidt ganharam a companhia de Isaquias Queiroz, que conquistou sua quinta medalha olímpica ao ficar com a prata na categoria C1 1000m da canoagem de velocidade.

O judô brasileiro obteve a melhor campanha da história: um ouro (Beatriz Souza), uma prata (Willian Lima) e dois bronzes (Larissa Pimenta e por equipes mistas).

 

Fonte: Brasil de Fato, com AFP

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