Bancários farão Dia Nacional de Luta por emprego nesta quarta 28

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Em Belém, manifestação será na Matriz do Basa, para fortalecer a luta do Quadro de Apoio por emprego e revindicar direitos e juros baixos já

Com o objetivo de denunciar os problemas causados pelo fechamento de agências bancárias em diversas localidades do país, dentre eles as demissões e o desemprego, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lança nesta quarta-feira (28) a campanha #BancoParaTodos.

Em Belém, o Sindicato dos Bancários do Pará fará manifestação a partir das 9h, na matriz do Banco da Amazônia, para denunciar a atitude da direção do Basa, tomada ainda na gestão de Jair Bolsonaro, de querer demitir todo o segmento do Quadro de Apoio, que resiste bravamente em defesa do emprego público na instituição. Além disso, o ato também será para defender direitos e para reivindicar a redução da taxa de juros pelo Banco Central.

“Convidados não apenas nossos colegas do Quadro de Apoio, mas toda a categoria bancária e do ramo financeiro que possa comparecer em nossa manifestação dessa quarta-feira (28), para defendermos nossos empregos, direitos e, também, lutar pela redução da taxa de juros pelo Banco Central, para que possamos construir um novo cenário econômico para o país, com mais emprego, renda e direitos para toda a população”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

Para Gustavo Tabatinga Jr., secretário-geral da Contraf-CUT, a justificativa dos bancos de que a maioria dos serviços agora é realizada por plataformas digitais não pode ser usada como desculpa para privar a população de um atendimento presencial acessível e eficiente. “Durante a pandemia, testemunhamos longas filas em agências bancárias, o que evidenciou a necessidade de atendimento presencial para grande parte da população. No entanto, os bancos continuam fechando agências, principalmente em cidades afastadas dos grandes centros financeiros e em bairros periféricos das grandes cidades”.

O cenário atual que mobiliza a campanha

Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que 42% dos municípios brasileiros não possuem nenhuma agência bancária. E, em 7% dessas cidades, não há qualquer tipo de atendimento bancário. “Essa realidade prejudica os clientes, que ficam sem acesso ao atendimento presencial, e sobrecarrega os funcionários das unidades que permanecem abertas”, afirma Tabatinga.

Atualmente, o Brasil conta com apenas 7.216 agências em todo o país, o menor número desde 2007, quando o Banco Central começou a registrar esses dados. E a situação está se agravando, pois somente no ano de 2022 foram fechadas 428 unidades. “Os efeitos do fechamento de agências são imediatos: a população enfrenta dificuldades para encontrar agências próximas, muitas vezes precisando se deslocar para outras cidades. Além disso, as filas nas agências restantes se tornam cada vez mais longas, uma vez que elas precisam atender clientes de todas as outras que foram fechadas. Essa realidade é prejudicial tanto para os clientes quanto para os funcionários, que ficam sobrecarregados”, lamentou o secretário.

Outro aspecto preocupante é a demissão de funcionários devido aos fechamentos de agências. Esses profissionais perdem seus empregos e ficam sem condições de sustentar suas famílias. Além do impacto individual, essa situação afeta negativamente o comércio local, resultando em prejuízos para toda a sociedade.

 

Fonte: Bancários PA, com informações da Contraf-CUT

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