Bradesco em Belém: insegurança, demissões e agências virando “Unidade de Negócios” preocupam trabalhadores e trabalhadoras

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As diretoras do Sindicato dos Bancários do Pará, Eliana Lima e Cristiane Aleixo, estiveram hoje, 06, em diversas agências do Bradesco em Belém e na Região Metropolitana. A visita trouxe um retrato preocupante da situação que os bancários e clientes estão enfrentando, especialmente na agência Pedreira, localizada na Avenida Pedro Miranda.

A realidade encontrada é alarmante: a agência está sem vigilante e sem porta giratória. A ausência de segurança tem facilitado a entrada de pessoas em situação de rua e pessoas que fazem uso de drogas. Segundo relatos, houve intimidação a clientes e até agressões a funcionários. Durante a visita, as dirigentes presenciaram uma pessoa em situação de rua abordando os clientes com insistência. A entrada e saída dos bancários e bancárias se tornaram perigosas, e o abastecimento de dinheiro na agência está sob responsabilidade de uma empresa terceirizada, o que gera mais insegurança.

“O Bradesco está abandonando os trabalhadores, as trabalhadoras e os clientes. O ambiente nas agências virou um risco diário. A pressão por metas e o medo da demissão estão adoecendo os bancários e bancárias”, denuncia Eliana Lima, diretora de formação e funcionária do Bradesco.

Além disso, os trabalhadores e trabalhadoras enfrentam forte pressão por metas, mesmo com as taxas de juros elevadas e um cenário econômico difícil. Os caixas terceirizados e a falta de pessoal agravam a situação. Muitos clientes, especialmente idosos, enfrentam longas filas nos caixas eletrônicos. Quando os terminais ficam sem dinheiro, é preciso esperar a reposição — o que nem sempre acontece com rapidez — e os funcionários e as funcionárias, sem autonomia nem recursos, ficam de mãos atadas.

A situação não é isolada. A agência Pedreira virou “Unidade de Negócio”, um modelo que não conta com porta giratória, vigilância armada nem equipe completa de bancários e bancárias. O mesmo já aconteceu com as agências Augusto Montenegro e, segundo informações, a próxima será a agência Nazaré.

“O banco corta custos às custas da segurança e da dignidade de quem trabalha e de quem precisa do serviço. A situação é grave e precisa ser revertida com urgência”, reforça Cristiane Aleixo, secretária geral e bancária da Caixa.

E o impacto é direto na vida dos trabalhadores e trabalhadoras do Bradesco. A cada mudança para esse modelo, há demissões. Em um ano, cerca de 11 agências foram fechadas em Belém:

  1. Campina
  2. Senador Lemos
  3. Domingos Marreiros
  4. Cidade Velha
  5. Pedreira
  6. Umarizal
  7. Batista Campos
  8. Fernando Guilhon
  9. Sacramenta
  10. Doca
  11. Largo do Redondo

O Sindicato dos Bancários do Pará segue atento, denunciando, fiscalizando e lutando. Não vamos aceitar mais demissões, nem o fechamento de agências que só penalizam os bancários, as bancárias e a população. Estamos vigilantes e firmes na luta por condições dignas de trabalho e atendimento seguro para todos e todas.

 

Fonte: Bancários Pará

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