Por unanimidade, os empregados e empregadas do Banco da Amazônia presentes em assembleia realizada na noite dessa quinta-feira (19), na sede do Sindicato dos Bancários do Pará, aprovaram a indicação do Sindicato, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN de rejeitar a proposta do banco para o Acordo Coletivo de Trabalho de distribuição da PLR 2014.
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Isso porque, pela proposta apresentada, o banco se nega a pagar PLR para quem é desligado dentro do período de experiência (CLAUSULA 2ª, § 1º). No entendimento do Sindicato e da categoria, todo trabalhador que produz para o banco tem direito à PLR, independente do tempo em que fique na empresa.
Além disso, o banco quer a alternativa de pagar 9,25% do lucro líquido ou 25% dos dividendos distribuídos aos acionistas, optando pelo menor valor a ser distribuído (CLAUSULA 3ª). A categoria não concorda com a proposta, pois no ACT 2013 havia previsão de pagar 9,25% do lucro líquido, sem limitação do teto.
Outra questão que pesou na decisão da categoria foi o fato de o Banco querer limitar o pagamento à proporção dos dias trabalhados para quem tem licença para mandato eletivo, respeitando o ACT vigente, e para os cedidos (dirigentes sindicais e contíguos) – CLAUSULA 3ª, PARÁGRAFO ÚNICO. A limitação poderia acarretar em não percepção do valor da PLR a estas pessoas. Ainda, no mesmo parágrafo, o banco penaliza em 12 dias de dedução por cada falta injustificada. Ou seja: para cada falta não justificada, o banco desconta 12 dias.
Por fim, os empregados e empregadas do Banco da Amazônia não aceitam a proposta expressa na CLAUSULA 4ª, onde o banco cita que levará em consideração para a distribuição da PLR o que foi definido em regra do Ofício Circular nº 50 do DEST. No parágrafo único desta cláusula, o banco reitera, implicitamente, a forma de pagamento alternativa disposta na cláusula 3ª.
“Temos uma reunião agendada com o Banco da Amazônia para o próximo dia 24 de fevereiro, reunião esta que seria para assinar o ACT da PLR 2014, porém nós iremos apresentar os questionamentos e a decisão da categoria em assembleia, assim como defender a manutenção do acordo anterior para distribuição da PLR, pois não concordamos com as limitações apresentadas pelo banco”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
“Entendemos que o banco precisa rever sua proposta, pois a mesma representa perda de direitos aos trabalhadores, sobretudo aos que se dedicam a atuar nas entidades representativas dos empregados do Banco da Amazônia, e isso soa para nós como uma proposta antidemocrática e retaliativa a quem está diariamente na luta em defesa da categoria e do fortalecimento do banco”, aponta o vice-presidente da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Fonte: Bancários PA