CN2022: No Complexo Humaitá, bancários e bancárias exigem proposta decente da Fenaban

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Dia 31 de agosto. Essa é a data de validade da Convenção Coletiva e/ou Acordo Coletivo da categoria bancária em todo o Brasil. Com o fim da ultratividade (que impedia a retirada de diretos previstos na Convenção e nos Acordos), após reforma trabalhista, bancários e bancárias de todo o Brasil aumentam a pressão contra a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em busca de uma proposta decente.

“Exigimos e merecemos respeito. Já foram mais de quinze rodadas de negociação e uma enrolação sem fim dos banqueiros. Essa semana é decisiva par nós ou corremos o risco de entrar o mês de setembro sem todos os direitos previstos na convenção e nos acordos coletivos da categoria. Os bancos poderão, por exemplo, deixar de pagar os vales alimentação e refeição e até a PLR”, destaca o diretor do Sindicato e bancário do BB, Gilmar Santos.

Há uma semana, a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira, acompanha de perto das rodadas de negociação com a Fenaban. Enquanto isso, a dirigente da Contraf-CUT, Rosalina Amorim, reforça o estado de assembleia permanente aprovado por 93,27% da categoria no Pará.

“Com isso, a assembleia fica em aberto e os sindicatos poderão convocar a categoria a uma nova deliberação sem a necessidade de cumprimento dos prazos legais de convocação de assembleias estabelecidos e sem a necessidade de novas publicações em jornais de grande circulação, bastando apenas uma convocação simples nos veículos de comunicação do próprio sindicato”, explica a dirigente sindical.

Na mesma assembleia virtual, na noite da última sexta-feira (26), 99,02% dos bancários e bancárias do Pará rejeitou a proposta da Fenaban de reajuste salarial de apenas 75,8% da inflação, o que leva a categoria bancária a ter uma perda real de 2% nos salários.

28 de agosto: Dia do Bancário e da Bancária

O Dia Nacional de Luta acontece uma data após o Dia do Bancário e da Bancária (28) que foi criado a partir de uma greve bancária por reajuste salarial que corrigisse a inflação em 1951.

“Qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência, infelizmente. Os anos passam e os banqueiros continuam chorando miséria enquanto a cada ano que passa, faturam mais. São 14,4% a mais no primeiro semestre de 2022, em relação a 2021. Mesmo assim a proposta na mesa é rebaixada que sequer repõe a inflação. Definitivamente não é esse presente que queremos e muito menos merecemos pelo nosso dia”, afirma a diretora do Sindicato e bancária da Caixa, Cristiane Aleixo.

Negociações continuam

As negociações ficaram interrompidas no final de semana e serão retomadas nesta segunda-feira (29), às 14h, quando, segundo a Federação Nacional dos Bancos, será apresentada uma proposta para encerrar a Campanha. Também hoje, 14h, tem mesa específica com Banco da Amazônia.

“Esperamos que seja uma proposta decente que contemple nossas reivindicações como manutenção dos nossos direitos, do nosso poder de compra e melhores condições de trabalho”, diz Tatiana Oliveira.

 

Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT

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