Entidades sindicais cobram retomada das mesas permanentes e respostas sobre a CASF

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A retomada do diálogo entre o banco e as entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras marcou a reunião ocorrida nesta segunda-feira, 23, com a presença Sindicato dos Bancários do Pará, Sindicato dos Bancários do Amazonas, Sindicato dos Bancários do Maranhão, Sindicato dos Bancários do Tocantins, AEBA e FETEC-CUT/CN. As representações sindicais enfatizaram que as mesas permanentes não vêm sendo realizadas há meses, e que diversas pautas seguem represadas, entre elas saúde (CASF), Plano de Cargos e Salários (PCCS), reestruturação, PDI, situação do Quadro de Apoio, dos engenheiros e a PLR 2025.

O banco reconheceu a ausência das mesas e justificou o atraso por mudanças internas e pela falta de informações consolidadas para avançar nos debates. Afirmou, no entanto, que está comprometido em responder formalmente os ofícios e iniciar os agendamentos das mesas, com o objetivo de construir pontes e buscar soluções que contemplem todos os lados.

CASF SAÚDE e Programa Amazônia Saúde

O banco informou ter contratado uma consultoria jurídica para atuar na defesa do banco quanto ao atual contrato da CASF Corretora junto ao TCU, que fez questionamentos sobre o tema. A atuação da consultoria será dividida em duas fases: a primeira, voltada a esclarecimentos formais ao tribunal, e a segunda, um processo de negociação envolvendo banco, CASF e representantes dos trabalhadores e trabalhadoras.

Em relação ao Programa Amazônia Saúde, que segue pendente desde abril, o banco declarou ter uma contraproposta pronta, a ser apresentada assim que for retomada a mesa específica do GT Saúde.

PCCS: banco aguarda resposta da SEST

Segundo a empresa, todos os esclarecimentos solicitados pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) foram enviados há mais de 30 dias, e não há pendências por parte da instituição. A proposta do novo plano de funções, no entanto, ainda não foi encaminhada, pois depende da conclusão do processo de reestruturação e da resposta da SEST sobre o PCCS.

Reestruturação: prorrogação de funções descontinuadas

Foi anunciado que as funções que seriam encerradas em 30 de junho terão seus pagamentos prorrogados por mais 90 dias, até 30 de setembro. O banco afirmou que esse prazo adicional será utilizado para aprofundar o debate sobre a reestruturação e minimizar os impactos trabalhistas para os empregados e empregadas.

PDI: decisão depende de autorização da SEST

O banco comunicou que a publicação sobre o Programa de Desligamento Incentivado (PDI) decorreu de uma decisão do Conselho de Administração, mas que ainda não há autorização da SEST. Somente após essa autorização é que as regras poderão ser detalhadas e apresentadas às entidades representativas.

QUADRO DE APOIO: sem respostas

As entidades manifestaram preocupação com a manutenção dos colegas no quadro de apoio da empresa, mas o banco não apresentou resposta concreta sobre o tema.

ENGENHEIROS: veto a processos seletivos continua

O banco informou que o veto à participação de engenheiros em processos seletivos internos será mantido, em razão da rejeição do acordo em assembleia pelos trabalhadores da categoria.

PLR 2025: parâmetros mantidos

Quanto à PLR 2025, o banco indicou que convocará mesa específica para tratar do tema, com a proposta de manter os mesmos parâmetros praticados em 2024.

Participaram da reunião Tatiana Oliveira, presidenta do SEEB Pará; Ronaldo Fernandes, representando a FETEC CUT/CN; e o assessor jurídico do Sindicato dos Bancários do Pará, Luiz Fernando Galiza. Cristiano Moreno justificou ausência por estar em atividade sindical fora de Belém. Pela AEBA, esteve presente o presidente da entidade, Gilson Lima. Também, representando as entidades representativas de classe, estiveram presentes Andréa Gonçalves, representando o Sindicato do Amazonas; Marla Brito, representando o Sindicato dos Bancários do Maranhão, e Heloísa Ribeiro, representando o Sindicato dos Bancários. Pelo banco, participaram Diego Reis, diretor executivo da DICOP, Bruna Paraense, gerente executiva da GEPES, Miguel Frank Matias Moraes, coordenador da área de Benefícios, e Daniela Vasconcelos, coordenadora da GEPES.

Para Tatiana Oliveira, presidenta do SEEB Pará, a retomada do diálogo é uma conquista da mobilização sindical.

“Essa retomada é fruto de muita luta, resistência e diálogo. As pautas estão represadas há tempo demais, e os empregados e empregadas merecem respeito e respostas concretas”, destacou Tatiana.

Ronaldo Fernandes, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte e direito do Sindicato dos Bancários do Pará, também reforçou o papel das entidades na defesa dos direitos da categoria.

“Nós nunca deixamos de cobrar, de insistir, mesmo quando as portas pareciam fechadas. O que conseguimos aqui é resultado direto da atuação firme dos sindicatos em todo o país”, afirmou.

As entidades reafirmam seu compromisso com a defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras seguem vigilantes para garantir avanços reais nas pautas apresentadas. A reabertura das mesas permanentes é apenas o começo — e os sindicatos continuam firmes, fazendo valer a voz dos empregados e empregadas.

 

Fonte: Bancários PA

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