A Fenae protocolou ofício na Caixa Econômica Federal nesta quinta-feira (31), no qual solicita da direção do banco o imediato agendamento de uma reunião para tratar, especificamente, de um eventual processo de reestruturação de pessoal e das filiais, a ser implantado sem qualquer negociação prévia com os empregados e com as entidades representativas. Esse pedido foi oficializado com base em boatos espalhados por unidades de todo o Brasil, o que vem causando apreensões e clima de incertezas de como isso se dará e de como ficarão os trabalhadores atingidos.
O documento da Fenae diz ser preciso que essa situação seja imediatamente esclarecida pela Caixa, “de modo a evitar a ocorrência de caos na vida profissional e pessoal dos trabalhadores lotados nos diversos setores do banco. Também é cobrada a divulgação de uma informação oficial a respeito do assunto, para que “os empregados não sejam deixados diante de um futuro incerto”.
Na correspondência a Jorge Hereda, a Fenae lembra ser comum ocorrerem medidas de reestruturação em uma empresa com a idade, o tamanho e a importância da Caixa, ao mesmo tempo que afirma surpreender-se com procedimentos administrativos de realocação sem maiores cuidados com os empregados, dado que “o atual contexto político é completamente diferente de gestões anteriores na empresa”.
O texto da Fenae conclama a Caixa a manifestar coerência com seus princípios, acrescentando: “Isto, aliás, só será possível com transparência da gestão e diálogo com todos os envolvidos nesse processo e com seus representantes. É preciso que a Caixa reconheça e valorize todos os seus empregados”.
Para a Fenae, por fim, eventuais mudanças no modelo de funcionamento das filiais precisam ser debatidas o mais democraticamente possível.
Confira, abaixo, a íntegra do documento da Fenae:
Ofício da Fenae para a Caixa
“A notícia da implantação de processo de reestruturação de pessoal e das filiais, sem qualquer negociação prévia com os empregados e com as entidades representativas, tem causado apreensões nas unidades da empresa em todo o Brasil. Essas preocupações provêm, principalmente, do clima de incertezas de como isso se dará e de como ficarão os trabalhadores atingidos.
“Há muitas conversas Brasil afora sobre a existência de uma proposta de mudança no modelo de funcionamento das filiais, e os boatos tendem a aumentar na medida em que não existe informação oficial a respeito do assunto. Essa situação precisa ser imediatamente esclarecida, de modo a evitar a ocorrência de caos na vida profissional e pessoal dos trabalhadores lotados nos diversos setores do banco. Os empregados não podem ser deixados diante de um futuro incerto.
“É comum ocorrerem medidas de reestruturação em uma empresa com a idade, o tamanho e a importância da Caixa. O que surpreende, agora, levando-se em conta ser o atual contexto político completamente diferente de gestões anteriores na Caixa, quando medidas de realocação eram implantadas sem maiores cuidados com os empregados, é a maneira como essas mudanças são adotadas.
“Agora, cabe à Caixa manifestar coerência com seus princípios. Isto, aliás, só será possível com transparência da gestão e diálogo com todos os envolvidos nesse processo e seus representantes. É preciso que a direção do banco reconheça e valorize todos os seus empregados.
“Diante das razões expostas, vimos solicitar o agendamento de uma reunião com a urgência necessária. Essas eventuais mudanças, até mesmo noticiadas por jornais de grande circulação, precisam ser debatidas o mais democraticamente possível”. (FENAE – Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa).
Fonte: Fenae Net