Durou pouco a expectativa dos empregados do Banco da Amazônia de ver mais democracia na gestão da empresa, com a substituição de parte de sua Diretoria, inclusive o Presidente.
A direção da empresa divulgou nesta segunda-feira, dia 04 de março, a nova política do Banco para as substituições de comissionados que se ausentarem temporariamente de suas funções.
A exemplo do Banco do Brasil, o Banco da Amazônia implanta agora a política da “lateralidade”, que consiste na substituição do titular da comissão que se ausentar temporariamente por outro comissionado de mesmo nível hierárquico, sem percepção de nenhuma vantagem financeira.
Ocorre que, na prática, quem assume as tarefas do comissionado substituído geralmente é um funcionário subordinado do mesmo setor/gerência, que acaba por realizar o trabalho sem a devida remuneração.
Essa espécie de desvio de função já é realidade no Banco do Brasil, onde em tese seria possível um comissionado despachar com sua senha os serviços de outra gerência. Mais ainda será no Banco da Amazônia, onde os processos em grande parte ainda são manuais.
A política da lateralidade visa basicamente reduzir custos da empresa. No entanto, essa redução se dá punindo os funcionários que eventualmente assumem os serviços como substitutos. Mesmos os substitutos de mesmo nível hierárquico são duramente penalizados por essa medida, visto que terão sua carga de trabalho e suas responsabilidades dobradas sem, no entanto, receberem nada a mais por isso e continuarem com as mesmas péssimas condições de trabalho.
“Novamente repete-se no Banco da Amazônia a truculência da gestão autoritária e desrespeitosa em relação aos seus empregados e seus representantes legais”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Nossa assessoria jurídica já está de posse do normativo emitido nesta segunda-feira e está estudando o remédio jurídico para barrar mais essa insanidade administrativa.
Na tarde desta terça-feira, dia 5, enviamos ofício solicitando reunião com o Presidente do Banco, Sr. Valmir Rossi, onde pedimos a revogação imediata dessa medida. Estamos aguardando retorno da empresa. No ofício, destacamos que medidas que afetem a remuneração total ou parcial dos empregados não podem ser tomadas unilateralmente pela empresa, sendo que este Sindicato, em hipótese alguma, aceitará qualquer medida que venha reduzir os direitos e vencimentos dos bancários.
REUNIÃO
Convocamos os empregados do Banco da Amazônia, especialmente aqueles que estão em situação de substituição de comissionados, para uma reunião nesta quarta-feira, dia 6 de março, às 18 horas, na sede do Sindicato, para estabelecermos em conjunto outras ações visando barrar mais esse ataque contra os direitos dos empregados do Banco da Amazônia.
Fonte: Bancários PA
