‘Malês’ chega aos cinemas: ‘Podemos ser sujeitos da nossa história’, define Camila Pitanga

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Após três décadas de persistência e dedicação, o ator e diretor Antonio Pitanga finalmente vê seu projeto chegar às salas de cinema. “Malês”, filme que reconta a história da Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia em 1835, estreia nesta quinta-feira (2) nas telonas de todo o país.

A produção é um épico que resgata a luta e a resistência de negros escravizados e libertos de origem islâmica que se levantaram contra o sistema escravocrata em Salvador (BA). A revolta é considerada um dos movimentos mais organizados e com um plano político bem definido do período.

Em entrevista ao Bem Viver, programa do Brasil de Fato, Antonio Pitanga relatou a longa jornada para concretizar o filme, um sonho que começou a tomar forma nos anos 1990. “Malês é o entendimento. Ele representa todas essas cabeças da minha geração, Leon Hirszman, Joaquim Pedro, Glauber, Roberto Pires. É um movimento que se apoia em mim. Porque o grupo, nossos grupos de jovens, Walter Lima Jr. e outros, tinham esse pensamento: ‘Que Brasil é que a gente quer? Que Brasil é que a gente pensa?’ Então, vejo que essa leitura de Malês chega ao banco dos saberes em boa hora.”, declarou o diretor.

Camila Pitanga, que interpreta Sabina no longa, destacou a importância emocional e histórica do projeto. “São quase 30 anos desse projeto caminhando, e eu embarquei nessa âncora do que era um projeto, do que era um sonho. Então, a realização desse filme tem uma dimensão política muito forte, que é a de poder recontar um momento emblemático e dramático do Brasil.”, afirmou.

O longa-metragem promete mergulhar o espectador no contexto histórico do Brasil Imperial, destacando a força cultural, religiosa e política dos povos malês. A produção investiu em um cuidadoso trabalho de reconstrução de época, figurino e trilha sonora para oferecer uma narrativa visualmente impactante e emocionalmente poderosa.

A estreia de “Malês” no dia 2 de outubro não é apenas um evento cinematográfico, mas um marco cultural. O filme se junta a uma leva recente de produções que buscam recontar a história do Brasil a partir da perspectiva da população negra, preenchendo uma lacuna crucial na memória e na identidade nacional.

Para saber mais sobre o longa, confira a entrevista na íntegra com Antonio e Camila Pitanga:

 

Fonte: Brasil de Fato

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