CN2022: Nas redes e nas ruas, Dia Nacional de Luta mostra descaso dos banqueiros com a categoria

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Enquanto em São Paulo, desde ontem (22), a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira acompanha de perto as mesas de negociação com a Feneban; em Belém, dirigentes da mesma entidade sindical escolheram o ‘Bradescão’, na Av. Presidente Vargas, para mais um Dia Nacional de Luta.

“Essa semana é decisiva pois nosso Acordo vigente tem validade até 31 de agosto; e com o fim da ultratividade ele sequer é renovado automaticamente e até agora, após 13 rodadas de negociação, os bancos ainda não apresentaram proposta de reajuste salarial aceitável, pois querem impor perdas com percentuais abaixo da inflação, e também não houve retorno em relação às reivindicações a respeito da ajuda de custos com o teletrabalho e do combate ao assédio sexual no setor. Um desrespeito total com as entidades e principalmente com a categoria”, destaca Tatiana Oliveira.

O Dia Nacional de Luta antecede mais uma rodada de negociação com a Federação agendada para às 14h desta terça-feira (23). “Em todo o Brasil, bancários e bancárias estão denunciando, nas redes e nas ruas, o descaso dos banqueiros que receberam a pauta de reivindicações há meses e sequer apresentam alguma proposta decente, e não há justificativa plausível para tal, uma vez que aqui no Pará, o funcionalismo do Banpará já fechou acordo e hoje recebe tíquete com valor reajustado em 20%”, afirma a vice-presidenta do Sindicato e bancária do Banpará, Vera Paoloni.

Enquanto isso, na reunião de negociações, nesta segunda-feira (22), a Fenaban insistiu em impor perdas para a categoria bancária ao apresentar uma proposta de reajuste para os vales-alimentação e refeição de apenas 81% da inflação geral e de apenas 43% da inflação dos alimentos acumuladas em 12 meses, quando no mesmo período, os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander), por exemplo, obtiveram juntos rentabilidade de 18%.

“O Comando rejeitou em mesa essa proposta vergonhosa, que é insuficiente para comprar ½ Kg de café, 1 kg de açúcar, 1 Kg de pão e 200g de manteiga, com o reajuste proposto pelos bancos para o vale-alimentação, o que representaria um valor de R$ 52,25 a mais por mês. As negociações devem continuar até indicação de uma proposta decente para apresentarmos em assembleia”, ratifica o diretor do Sindicato, Sandro Mattos.

 

Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT

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