Reestruturação no BB é pauta de Dia Nacional de Luta e reunião híbrida com funcionalismo do banco

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O que um dia foi sonho, nos últimos tem virado pesadelo para muitos bancários e bancárias do Banco do Brasil (BB), principalmente os que cumprem a função de caixa desde quando a direção do banco decidiu descumprir o Acordo Coletivo de Trabalho.

Durante as negociações da campanha, o BB garantiu que haveria novos cargos e que os caixas seriam realocados em funções com remuneração equivalente ou superior à gratificação de caixa. No entanto, a realidade tem se mostrado bem diferente. Atualmente, os trabalhadores e trabalhadoras estão sendo informados de que perderão suas funções em 1º de fevereiro, gerando um clima de desespero. Muitos afirmam não ter alternativas viáveis de realocação, e o banco não tem cumprido a promessa de manter os funcionários e funcionárias na mesma cidade ou em localidades próximas.

Nas agências onde há mais de um caixa para uma única vaga, o processo de escolha tem recaído sobre os gerentes gerais, o que desrespeita o histórico sistema interno de ascensão e oportunidades do banco.

Tal situação foi tema de reunião híbrida, na última quinta-feira (16), entre assessoria jurídica do Sindicato e público alvo, um dia depois do Dia Nacional de Luta com a mesma pauta.

“Ainda há nesse pacote de reestruturação a concentração de funcionários nos atendimentos digitais enquanto que as unidades seguem em um processo de desmonte e a população sendo prejudicada porque piora o atendimento no maior banco desse país, que tem 200 anos de história, que foi criado para fortalecer o desenvolvimento do país. Em 2021, o banco apresentou outra reestruturação onde ele acabou com as funções de caixa. Hoje se você for em uma agência do Banco do Brasil, você sabe que não ter um número de trabalhadores e trabalhadoras no guichê de caixa para lhe atender, porque o banco prioriza o atendimento nos seus canais alternativos, como celular, caixa eletrônico e internet”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Gilmar Santos.

Durante a reunião, o Sindicato respondeu dúvidas e orientou os presentes a enviarem documentos que comprovem as situações relatadas, como o comunicado do banco que diz que o trabalhador e trabalhadora não têm direito à incorporação.

Curso de aprimoramento vira obstáculo

Outro ponto de insatisfação entre os trabalhadores e trabalhadoras é o curso de aprimoramento prometido aos caixas. Inicialmente apresentado como uma iniciativa para capacitação, ele acabou se tornando um pré-requisito obrigatório para concorrer às novas vagas, sem que isso fosse previamente acordado.

Muitos bancários e bancárias que estavam de licença, férias ou enfrentando alta demanda de trabalho não conseguiram realizar o curso e, agora, estão sendo prejudicados, perdendo oportunidades de realocação.

Reunião marcada com o banco

Como resultado das mobilizações do Dia Nacional de Luta, foi agendada uma reunião com o Banco do Brasil para esta semana. Na ocasião, representantes das bancárias e dos bancários apresentarão formalmente as demandas da categoria, buscando soluções para os problemas enfrentados e reafirmando a importância de uma reestruturação que respeite os compromissos assumidos com os trabalhadores e trabalhadoras.

Fonte: Bancários PA com informações da Contraf-CUT

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