Sem diálogo por parte da Amazon, trabalhadores mantêm greve durante o Natal nos EUA

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Os trabalhadores da Amazon nos Estados Unidos mantém a paralisação durante as festividades de Natal. A mobilização da categoria começou na quinta-feira (19) em protesto por melhorias salariais. No ano passado, a Amazon registrou um lucro líquido de US$ 30 bilhões (R$ 185,5 bilhões na cotação atual) sobre uma receita de 575 bilhões (R$ 3,5 trilhões na cotação atual).

“Quando eles (Amazon) vierem à mesa de negociações, é quando vamos parar”, disse Tony Rosciglione, tesoureiro do Teamsters Local 804 em Nova York, à AFP em uma entrevista por telefone de um piquete na cidade de Nova York.

A greve começou na manhã de quinta-feira (19) devido à recusa da direção da Amazon em negociar com o sindicato Amazon Labor Union (ALU), afiliado ao poderoso sindicato Teamsters (IBT) desde junho.

Sete depósitos estão sendo afetados em Nova York, Atlanta, Califórnia e Illinois, de acordo com o Teamsters. O movimento envolve os funcionários afiliados à ALU e também motoristas terceirizados. O sindicato Teamsters representa cerca de 10 mil pessoas que trabalham para a Amazon.

Os sindicatos têm reivindicado negociações há vários meses para um novo contrato coletivo e estabeleceram um ultimato para 15 de dezembro. A Amazon há muito tempo luta contra as campanhas de organização de trabalhadores, dizendo que favorece um relacionamento direto com os funcionários, sem o impedimento de terceiros.

Originalmente um sindicato independente, os trabalhadores da Amazon votaram em junho para se afiliarem ao Teamsters. A Amazon tem procurado repetidamente bloquear os esforços de sindicalização, com processos judiciais em andamento.

 

Fonte: Brasil de Fato com AFP

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