O Sindicato dos Bancários do Pará participou, nesta quinta-feira (8), de uma audiência convocada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar sobre as demissões em massa promovidas pelo Banco Bradesco no estado. O encontro também abordou temas como o fechamento de agências e os riscos à segurança bancária decorrentes das mudanças na estrutura física das unidades.
A reunião foi fruto de uma denúncia feita pelo sindicato em junho deste ano, após o crescente número de dispensas e reestruturações nas agências bancárias.
Segundo levantamento apresentado pelo sindicato durante a audiência, somente no primeiro semestre de 2025, o Bradesco demitiu 61 empregados em todo o Pará. Além disso, diversas agências foram fechadas e outras transformadas em unidades de negócios — mudanças que, segundo a entidade, precarizam as condições de trabalho e colocam em risco a integridade de trabalhadores, clientes e usuários.
“O banco tem retirado as portas giratórias das unidades e reduzido o número de funcionários. Isso compromete diretamente a segurança e aumenta a sobrecarga sobre quem permanece trabalhando. É um desrespeito com os trabalhadores e com a população que precisa dos serviços bancários”, criticou Heládia Carvalho, diretora de Saúde do Sindicato e funcionária do Bradesco.
Durante a audiência, o procurador do trabalho responsável pelo caso informou que a denúncia apresentada pela entidade foi desmembrada em três procedimentos investigatórios distintos — cada um referente a um dos temas levantados: demissões, fechamento de agências e segurança bancária. A medida visa dar maior celeridade à apuração dos fatos.
“A atuação do sindicato tem sido firme na defesa dos empregos, da segurança e da dignidade dos bancários. Essas demissões em massa, sem diálogo, e o fechamento de agências prejudicam não só os trabalhadores, mas também toda a sociedade, principalmente no interior do estado”, destacou Eliana Lima, diretora de Formação Política do Sindicato e também funcionária do banco.
Além das dirigentes sindicais Heládia Carvalho e Eliana Lima, participaram da audiência o assessor jurídico da entidade, Luiz Fernando Galiza, e as advogadas Adryssa Diniz e Bárbara Marins.
O sindicato segue acompanhando de perto o andamento das investigações e reforça seu compromisso com a defesa dos direitos dos bancários e bancárias do Pará.
Fonte: Bancários Pará