SINDICATO PEDE MEDIDAS COMPENSATÓRIAS AOS BANCÁRIOS QUE TRABALHARÃO DURANTE A COP30

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O pedido é em favor dos empregados que solicitarem a alteração temporária do contrato de trabalho._

No último dia 30, a entidade enviou ofício aos bancos que atuam na capital paraense, solicitando a adoção de medidas excepcionais e temporárias para proteger a categoria e garantir a continuidade dos serviços durante a realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém, de 10 a 21 de novembro de 2025.

_”Nossa solicitação se alinha aos princípios da valorização do trabalho humano e da redução dos riscos inerentes ao trabalho”_, ressalta Tatiana Oliveira, presidenta do sindicato.

O principal pedido da entidade é a implementação do regime de teletrabalho (home office) para todos os bancários que dependem de transporte para se deslocarem ao local de serviço, e desejam, durante o período do evento, ficar em home office. A alternativa, para os casos em que o teletrabalho for comprovadamente inviável, é a transferência temporária do local de trabalho para uma agência ou unidade da instituição próxima à residência do empregado, reduzindo a necessidade de longos deslocamentos.

_”Solicitamos o home office como medida prioritária, amparados na dignidade da pessoa humana e no dever de zelar por um meio ambiente de trabalho seguro e saudável, o que, nesse contexto, inclui o trajeto,”_ afirma a vice-presidenta da entidade, Vera Paoloni.

*Desafios Logísticos e Proteção ao Trabalhador*
O sindicato fundamenta o pedido nos notórios desafios logísticos e de mobilidade urbana sem precedentes que Belém deverá enfrentar com o aumento exponencial do fluxo de pessoas e veículos durante o evento. O ofício destaca que exigir que os empregados enfrentem um cenário de transporte público sobrecarregado e congestionamentos extremos impõe um “ônus desproporcional” e os expõe a “riscos elevados de atrasos, estresse e potenciais incidentes de segurança”.

_”O teletrabalho está regulamentado na CLT e sua adoção temporária é juridicamente viável e eticamente necessária. A entidade exige uma resposta formal e célere dos bancos, visando garantir a continuidade das operações, mas com a devida proteção à categoria”,_ esclarece o diretor jurídico da entidade, Cristiano Moreno.

O sindicato aguarda a manifestação das instituições financeiras e reforça que a mudança de regime ou local de trabalho deve ser realizada em favor dos empregados que assim desejarem e solicitarem, respeitando o que estabelece a legislação trabalhista brasileira.

Fonte: Bancários Pará

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