Sindicato sedia 1° Encontro de Mulheres Cutistas do Pará e Amapá

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Melhores condições de trabalho no campo e na cidade, feminicídio, questões agrárias e combate à violência foram assuntos debatidos no evento

O Sindicato dos Bancários do Pará sediou no dia 31 de maio de 2023, em Belém, o primeiro encontro de Mulheres Trabalhadoras Cutistas do Pará e Amapá. O Evento reuniu cerca de 40 mulheres sindicalistas do campo e da cidade e tratou das problemáticas como: feminicídio, conflitos agrários, condições de trabalho e combate à violência no campo e na cidade.

O debate foi organizado pela Secretaria de Mulheres da CUT/PA, tendo à frente a secretária de Mulheres, Heidiany Moreno, que também é diretora de formação do Sindicato e atua em Marabá. Ela foi a responsável pela abertura do evento e apresentou um relatório das ações de mulheres no Pará.

“Hoje estamos retomando, pós-pandemia, com o Encontro das Mulheres da CUT do Pará e Amapá, com muita disposição para as discussões, trouxemos para o debate as questões de cada território desse estado que é gigantesco, para incluirmos nas pautas do nosso CECUT e CONCUT, e tirarmos excelentes proposições”, afirmou Heidiany Moreno.

Após a abertura ocorreu uma mística, em formato de cortejo, onde as mulheres apresentaram elementos pela valorização da luta feminista no âmbito da Central Única dos Trabalhadores – CUT.

“As mulheres têm muitas bandeiras de lutas em comum e a realização deste primeiro Encontro de Mulheres da CUT do Pará e Amapá é fundamental para unirmos forças entre as trabalhadoras do campo e da cidade por respeito, liberdade e igualdade na sociedade e nas organizações de base onde atuamos”, ressaltou a diretora do Sindicato dos Bancários em Santarém, Rafaela Carletto.

A presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira, saudou a presença de todas as mulheres na realização do Encontro e ressaltou a importância do evento para a organização das mulheres, dentro e fora da CUT.

“Por que a gente faz reunião de mulheres? Por que há essa necessidade? É só porque a gente quer se encontrar à parte e fazer um clube da ‘Luluzinha’? Não! A gente tem necessidades concretas para interferir na realidade, inclusive no movimento sindical e na nossa central sindical. Então, a gente tem muitos desafios enquanto mulheres trabalhadoras, CUTistas, para construir dentro da nossa central e para fora também”, destacou Tatiana Oliveira.

A secretária da mulher trabalhadora da CUT Nacional, Junéia Batista, foi a convidada especial para o encontro e abordou temas como: a luta das trabalhadoras em todo o território nacional com foco na valorização da mulher e o combate a todo tipo de discriminação.

“Nossa luta hoje é contra a discriminação na mulher no mercado de trabalho, porque, quando a mulher que busca emprego ou já está trabalhando é sempre discriminada e tem sempre o salário mais baixo que o do homem. Se essa mesma mulher for negra ou tem obesidade essa situação é bem pior, o preconceito aumenta”, afirmou Junéia Batista.

As mulheres lembraram em seus depoimentos as dificuldades que têm em fazer as lutas sindicais em suas localidades, por conta da posição geográfica variada com grandes distâncias entre si.

“A distância entre as comunidades dificulta a realização do nosso trabalho de base, muitas das vezes temos que nos utilizar de transporte marítimo para chegar até as nossas bases e fazer a formação”, disse Laudicéia dos Santos, diretora do Sindicato das Trabalhadoras Rurais do Município de Curralinho no Estado do Pará.

As diretoras Ângela Figueiredo da secretaria de Mulheres da CUT/AP, Altair Furtado da secretaria de formação da CUT/AP e a secretária geral adjunta do Sindsep/AP foram as representantes do Estado do Amapá no encontro. Além de Errolflynn Paixão presidente da CUT/AP e João Adeládio do Nascimento da Secretaria da Diversidade do Sindsep/AP.

 

Fonte: Bancários PA e Sindsep/AP

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