Nem palmas ao governo Dilma Rousseff, nem golpe. Os atos programados para a próxima quinta-feira (20) em todo o país defenderão uma agenda de reformas à esquerda, que fuja da atual política econômica recessiva e, aliado a isso, reunirão indignados com a intolerância e a revolta seletiva das marchas do último dia 16.
Em coletiva no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo nesta segunda (17), dirigentes da CUT, MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), UJS (União da Juventude Socialista), UNE (União Nacional dos Estudantes) e Intersindical ressaltaram que as manifestações serão de cobrança e crítica, mas muito distantes das manifestações de ódio que tomaram o país.
Embora a mídia tradicional tenha falado em manifestações “pacíficas”, os atos de domingo tiveram até pregações de morte a quem pensa diferente.
Belém – Em Belém, a partir das 9h, entidades sindicais e movimentos sociais estarão em frente ao PSM da 14 de março para ir além da pauta nacional em defesa não só da democracia, mas da saúde e da reforma do maior Pronto Socorro Municipal (PSM) do Pará que pegou fogo em junho desse ano provocando a morte de duas pacientes.
De lá pra cá, o estado de saúde da capital paraense tem só se agravado com apenas um PSM para atender a demanda de todo o Estado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde), “a situação no PSM Guamá como única referência para o atendimento de Urgência e Emergência do Estado está insustentável, a deterioração do prédio e das instalações, o sucateamento de equipamentos e mobiliários estão afetando o cotidiano dos serviços e submetendo os trabalhadores a uma sobrecarga de trabalho, a um elevado nível de stress e a conseqüentes, sofrimentos físicos e psíquico e os usuários as piores condições de atendimento e aos mesmos danos ocorridos no HPSM da 14”.
Ontem (17) promotoras de Justiça, secretários de saúde do Estado e do Município e representantes dos servidores da área de saúde de Belém se reuniram na sede do Ministério Público para discutir a situação do atendimento no Pronto Socorro do Guamá.
Entre os problemas debatidos estavam: a atenção básica quando não funciona gera problemas, pois os pacientes são encaminhados para municípios vizinhos e para Belém; a municipalidade não dá conhecimento de que unidades de saúde atendem urgência e emergência, de modo que a população se desloca sempre ao PSM, faltando uma publicidade de quais unidades atendem 24h e o que estas unidades estão aptas a tender, além de ter uma equipe que saiba atender, encaminhando para o local correto (PSM e Metropolitano); quanto ao PSM do Guamá houve denúncias de falta de segurança e proteção aos trabalhadores e de estrutura inadequada.
Uma ata foi assinada por todos os representantes presentes e os secretários se comprometeram a formalizar em um documento todas as medidas que estão sendo feitas e planejadas para solucionar a situação do PSM do Guamá. O prazo de entrega é no próximo dia 25 desse mês.
Os secretários informaram que as obras do PSM da 14 de Março serão concluídas em janeiro do ano que vem e que o Hospital Samaritano deve ser desapropriado em breve para servir como uma unidade de retaguarda, mas não souberam dizer o que será feito a curto prazo.
Agenda Brasil – Um manifesto divulgado pelos movimentos sindical e social defende uma plataforma de reformas urbana, tributária, educacional, a democratização dos meios de comunicação e a reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.
Leia AQUI o manifesto das entidades sindicais e movimentos sociais
Fonte: CUT nacional, com Bancários PA, G1 PA e Sindsaúde PA
