28 de agosto: Parabéns bancários e bancárias!

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O dia 28 de agosto é uma data especial para a categoria bancária, afinal é Dia do Bancário em todo o país. A data é lembrada desde 1951, quando em uma grande assembleia, bancários de São Paulo decretaram greve após ouvir contraproposta dos patrões considerada inaceitável.

E foI com essa e outras greves que vieram o auxílio-refeição, auxílio-alimentação, licença-maternidade, aumento real, valorização dos pisos, abono-assiduidade, participação nos lucros e muitos outros direitos que são motivos de celebração, união, e que fazem parte das vidas de Augusto Santos Smith e Ellen Santiago.

Augusto é bancário aposentado do Banco do Brasil (BB). Já a Ellen está começando carreira no Banpará. Há 1 ano e dois meses como bancária ela já tem consciência de que a caminhada não vai ser fácil, mas está disposta a encarar os desafios que virão. “Pretendo dar o melhor de mim para o meu trabalho, mas não esquecendo os meus direitos e não deixando ninguém boicotá-lo. Os deveres e direitos devem andar juntos. É uma via de mão dupla”, afirma.

“Na época que comecei no banco era muito difícil, inclusive tive que pedir dispensa de comissão em 1994, para retornar à cidade de Belém, para poder fazer e concluir o curso superior. Acho que os bancários no geral são muito explorados, principalmente na região Norte, pois existe uma demanda muito grande de atendimento nas agências, que não possuem estrutura de pessoal e muitas não possuem sequer estrutura física compatíveis com a demanda”, lembra Augusto Santos Smith, após 32 anos de BB.

Para ele, esse período faz parte de um ciclo da vida que chegou ao fim. “A minha missão agora é transformar meus filhos em grandes valores humanos, pessoas dignas de respeito e com ilibado caráter, ajudá-los a ultrapassar os obstáculos da vida e transformá-los em grandes profissionais, e que contribuam na construção de um Brasil melhor. Já estou aposentado há mais de 1 ano e tudo está acontecendo como planejei, sem atropelos. O principal motivo da minha aposentadoria, foi a família, que durante um bom tempo ficou relegada a segundo plano, devido a exigências da carreira, e agora tinha chegado a hora de eu retribuir a dedicação, a paciência, a tolerância e a parceria recebida da esposa e dos filhos durante vários anos”.

Smith se tornou bancário por necessidade. Ele e a família passaram por muitas dificuldades financeiras. “Eu era o filho mais velho, e tinha 3 irmãos mais novos. Tinha muita vontade de trabalhar para ajudar em casa, era muito doloroso ver o sacrifício da minha mãe, que tinha pouco estudo e era costureira. Trabalhava de segunda a domingo, até altas horas da madruga, além de ser dona de casa e cuidar da nossa família”, lembra.

A oportunidade veio enquanto era estudante, aos 18 anos, em um cursinho preparatório para vestibular. “Foi comentado por professores e colegas, que haveria concurso do Banco do Brasil naquele ano (1982), que era um excelente emprego, com um ótimo salário. Não contei conversa, fiz minha inscrição, e durante seis meses, me dediquei ao estudo com muito afinco, e não deu outra, fiz a prova e passei. Confesso, foi um dos dias mais marcantes da minha vida”, lembra.

“O que me motivou foi a atratividade de estabilidade de emprego que o concurso público oferece; e também foi um sonho material para melhor planejamento dos meus objetivos a serem alcançados”, explica Ellen Santiago sobre o que a determinou ser bancária.

Ellen trabalha em uma área meio e acredita que isso foi uma benção. “Fui abençoada. É bem melhor comparada a grande carga de trabalho que há nas agências. Com uma jornada de 6 horas consigo resolver assuntos pessoais e ter qualidade de vida. Mas acredito que poderia ser o contrario se eu estivesse em uma agência, pois tenho certeza que esses colegas sofrem com a carga maior de trabalho. Aumentar o número de contratações de bancários ajudaria muito”, destaca.

“Ser bancário não é fácil, precisamos ter muita dedicação, muita disciplina, muito estudo, e como lidamos com pessoas, clientes e colegas, precisamos de muita sabedoria para agir principalmente nas horas dos conflitos, que são muitos. Mas confesso que fui muito feliz na carreira de bancário, que abracei de coração. Consegui galgar todos os degraus de cargos existentes em uma agência bancária, fui de escriturário a gerente geral, tive oportunidade e o privilégio de trabalhar na superintendência do Banco do Brasil no Pará”, conta Augusto Santos Smith sobre seus 32 anos na profissão.

Apesar de não ter participado de nenhuma greve, ele considera válido o principal instrumento de luta da classe trabalhadora em busca de melhores salários e condições de trabalho. “Desde que seja justa e respeitadas as leis. E, nesse contexto, eu só tenho a agradecer ao Sindicato que representa um parceiro, um orientador, um aliado, pois luta bravamente pelos direitos dos bancários”.

“No primeiro ano que entrei no banco (2014) grevei e acredito ser importante para nossas conquistas. Unidos somos fortes, e é isso que o Sindicato significa: a força da categoria, em busca de novas conquistas e da garantia de nossos direitos”, reconhece Ellen Santiago.

28 de agosto – Dia Nacional dos Bancários e Bancárias
O Sindicato dos Bancários do Pará parabeniza essa categoria, exemplo de luta e mobillização!

Fonte: Bancários PA

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