CAPAF retoma equilíbrio financeiro e intervenção pode acabar em breve

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O Sindicato dos Bancários do Pará, através da presidenta Rosalina Amorim e o diretor Sérgio Trindade, reuniu no final de janeiro com o interventor da CAPAF, Nivaldo Nunes, e seu assessor Julio Cesar Monteiro, em busca de informações sobre a situação atual da Caixa de Previdência dos empregados do Banco da Amazônia, que há 5 anos sofre intervenção da PREVIC.

Em geral a reunião tratou sobre gestão e planos de previdência da CAPAF. Pelas informações repassadas, os planos de previdência, que em 2011 estavam ameaçados de liquidação, hoje estão rentáveis, inclusive, com saldos acima das metas atuariais.

Atualmente a CAPAF administra mais de R$ 500 milhões entre os planos saldados e o PrevAmazônia, com cerca de 3.350 participantes entre todos os planos. Porém, ainda há um universo de pelo menos mil empregados do Banco da Amazônia que estão fora dos planos da CAPAF.

Fim da intervenção

De acordo com Nivaldo Nunes, a intervenção já foi prorrogada por duas vezes, mas a PREVIC trabalha para encerrar o processo intervencionista o mais rápido possível, tendo em vista que a CAPAF voltou a ter equilíbrio financeiro e pode voltar a ter gestão própria e independente.

Porém, apesar de várias soluções possíveis para a CAPAF, ainda pesa o fato de haver diversos problemas judiciais que envolvem a Caixa de Previdência e o Banco da Amazônia, mais especificamente relacionado com o Plano BD, para o qual o banco tem que cumprir uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho de custeio de folha na ordem de R$ 3 milhões por mês.

De toda forma, a intervenção na CAPAF tem contribuído para solucionar diversas ações individuais na justiça, tanto que ao longo desses 5 anos reduziu de 2.100 para 111 ações individuais contra a CAPAF.

“A reunião foi importante e nos trouxe uma série de informações que nos passaram tranquilidade, tendo em vista que a gestão dos fundos está sendo preservada e com resultados melhores do que o cenário que tínhamos em 2011, com ameaça de liquidação da CAPAF. Mas nos chama atenção o fato de muitos empregados do Banco da Amazônia não aderirem aos planos de previdência complementar”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

“Vamos dialogar e esclarecer esses trabalhadores e trabalhadoras que estão fora dos planos de previdência da CAPAF sobre a importância da sua adesão, que é um direito nosso a ampliar a renda no momento da aposentadoria, e esse debate é fundamental diante da conjuntura que vivemos em relação a Reforma da Previdência. Outro destaque dessa reunião foi a disposição do interventor em querer repassar o comando da CAPAF para uma gestão própria e independente, o que é uma reivindicação nossa e esperamos que isso se concretize o mais rápido possível”, afirma o diretor do Sindicato, vice-presidente da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

 

Fonte: Bancários PA

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