Ato de repúdio na matriz do Banco da Amazônia cobra PLR e PCCR

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Os bancários e bancárias do Banco da Amazônia foram recebidos na manhã desta quinta-feira (30) pelos dirigentes do Sindicato dos Bancários que entregaram informativo sobre a PLR e o PCCR do banco.

Para chamar ainda mais a atenção de quem passava pelo local, banda de fanfarra e palhaços somavam ao ato de repúdio contra a postura intransigente da instituição financeira que mesmo com lucro de R$ 130 milhões no ano passado se recusa a pagar a PLR de forma integral.

“O banco diz que só vai pagar a PLR Social, o restante, que corresponde a 6,25% da PLR, estaria condicionado às metas impostas pelo SEST e como elas não foram cumpridas, não haveria o pagamento. Nós não aceitamos essa desculpa, não existe parâmetro legal para essa alegação, e por esse motivo, o ACT da PLR 2016 não foi assinado no último dia 16. Diante disso, nossa assessoria jurídica e Dieese analisam o caso”, afirma o vice-presidente do Sindicato e empregado do banco, Marco Aurélio Vaz.

O Sindicato, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN se amparam na Lei nº 10.101 que dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa, onde no Artigo 2º, Parágrafo 1º, Inciso II, estabelece que programas de metas, resultados e prazos, devem ser pactuados previamente entre as partes em negociação de Acordo Coletivo.

“As metas abusivas impostas pelo SEST nunca foram acordadas com as entidades sindicais em mesa de negociação com o banco e, por esse motivo, não podem ser utilizadas como referência para a instituição alegar que não irá pagar a PLR de seus empregados. O Banco da Amazônia é a única instituição financeira no país que usa esse tipo de argumento para não pagar integralmente a PLR, o que é lamentável”, ressalta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Em contrapartida, com ou sem o cumprimento de metas, no próximo dia 4 todos os acionistas do banco receberão sua parte da Participação nos Lucros e Resultados. “Ora, mesmo estando num patamar diferenciado da maioria do funcionalismo, eles fazem parte do quadro funcional do banco, portanto se a regra é para um, tem que valer para todos, sem distinção. Enquanto o banco se recusa a pagar a PLR integral, não economiza em gastos na festa dos ‘melhores do Banco da Amazônia’ que ainda homenageou um ex-presidente da instituição que assim que saiu da empresa jogou ela na justiça”, lembra o diretor da Fetec-CUT/CN e empregado do banco, Ronaldo Fernandes.

PCCR – Além da PLR, outro assunto de extrema importância para o funcionalismo que está sendo ignorado pelo banco é o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).

No último dia 17, o banco prorrogou, para 2018, a conclusão do Projeto de Gestão de Pessoas, que já deveria ter sido finalizado em novembro do ano passado, para em seguida ser dado início à mesa de negociação permanente sobre o PCCR.

Além da prorrogação, o banco renovou o contrato com a empresa Deloitte, que já recebeu mais de R$ 2 milhões em pagamento e vai receber muito mais pelos próximos anos. Nem entidades, nem funcionalismo, que espera há mais de 20 anos pela atualização do plano e evolução profissional, sabem o quanto. O caso vai ser encaminhado ao TCU, CGU e MPF.
Fechamento de agências – Ontem (29), após reunião entre o Sindicato e o Ministério Público do Trabalho (MPT), ficou definido que o MPT irá notificar, com prazo estipulado, a direção do Banco da Amazônia para que se manifeste com justificativas sobre o fechamento das agências Almirante Barroso e Ananindeua Castanheira na Região Metropolitana de Belém.

 

Fonte: Bancários PA

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