Debate no Sindicato discute protagonismo da juventude na conjuntura

0

A juventude brasileira teve papel relevante em diversos momentos históricos do país. Foi vanguarda política no combate à ditadura militar nos anos 60 e 70, na campanha das Diretas Já nos anos 80, no impeachmant de Collor na década de 90 e nas inéditas eleições do primeiro líder sindical e da primeira mulher à presidência da república no período mais recente.

Por esse motivo, o Sindicato dos Bancários do Pará realizou na noite do dia 5 de setembro um debate sobre o papel protagonista da juventude na atual conjuntura de golpe em que vive o Brasil e trouxe para a atividade a diretora de Juventude da Fenae, Rachel Waber.

O debate tratou centralmente sobre bandeiras de luta que mobilizem a juventude, além de formas de comunicação que contribuam para organizar a juventude nas lutas da classe trabalhadora. A intenção do sindicato com essa atividade é iniciar um ciclo de debates que possibilitem a construção do Coletivo de Juventude Bancária da entidade.

“O debate que fizemos foi extremamente importante para a construção desse coletivo de juventude bancária. Precisamos ter os jovens, bancários e não bancários, nessa frente de lutas contra toda essa política danosa para gente, como a reforma trabalhista, a reforma previdenciária que está por vir, a terceirização, pois sabemos que a juventude será um dos setores mais atingidos, porque encontrará um mercado de trabalho mais precário que o dos nossos pais. Enfim, a nossa intenção em construir esse coletivo de juventude é para nos organizar e resistir a toda essa investida golpista contra a sociedade brasileira”, afirma a diretora do Sindicato e empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia.

A jovem bancária do Banpará, Ellen Santiago, aprovou a iniciativa do Sindicato. “Diante do cenário que a gente está vivendo, com todas essas reformas, é importante a juventude se unir e se organizar no seu local de trabalho, nos bairros onde mora, para enfrentar essa triste realidade para a qual a sociedade parece que ainda não acordou. Precisamos resistir, lutar pelos nossos direitos e resgatar o Brasil, porque desse jeito que está não dá”, destaca.

A convidada Rachel Weber avaliou que o debate foi muito produtivo e que essa organização da juventude é uma demanda nacional da categoria bancária. “A juventude precisa se organizar pra enfrentar esse momento que, talvez, seja o mais terrível que a gente está vivenciando desse golpe que prejudica as mulheres, os negros, a juventude em geral, porque o mercado de trabalho está fechado, e para aqueles que já estão no mercado as portas também estão se fechando. Por isso nós precisamos nos reunir, nos organizar, para ver maneiras que sejam suficientes para que a gente reverta isso e que o Brasil volte a ser um lugar bom pra todo mundo, de qualquer idade”, conclui.

 

 

Fonte: Bancários PA

Comments are closed.