Banpará nega conciliação no TRT e diz que só negocia depois da FENABAN

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A intransigência do Banpará falou mais alto na audiência de tentativa de conciliação com as entidades sindicais na manhã desta quarta-feira, 29 de agosto, no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT). Os representantes do banco, coordenados pela diretora administrativa Márcia Maués Miranda, foram irredutíveis e reafirmaram perante a desembargadora vice-presidente do TRT, Suzy Koury, e do procurador do trabalho representante do Ministério Público, Lóris Rocha, que o Banpará somente irá negociar com os trabalhadores após o desfecho da mesa geral da FENABAN.

A representação sindical composta pela presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim; da diretora da Fetec-CUT Centro Norte e funcionária do Banpará, Vera Paoloni; do secretário de assuntos socioeconômicos da Contraf-CUT, Antonio Pirotti; e da advogada do Sindicato, Mary Cohen, tentou de todas as formas sensibilizar o Banpará a abrir a mesa de negociação específica.

“A mesa da Fenaban não impede que o Banpará sente com as entidades sindicais para discutir, por exemplo, as cláusulas sociais que estão na minuta específica do funcionalismo do banco, como estão fazendo o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o Banco da Amazônia e demais bancos. Somente o Banpará não quer iniciar as negociações específicas e essa postura demonstra um desrespeito com seus trabalhadores”, destacou Rosalina Amorim.

Para a diretora da Fetec-CN, Vera Paoloni, “o banco tem total condição de exercitar o diálogo desde já, como os demais bancos estão fazendo. Até o banco da Amazônia que recebeu a pauta ontem (dia 28) já marcou a primeira rodada para o dia 4 de setembro. Qual a motivação que leva a diretoria do Banpará a não querer dialogar? Aposta no confronto? Quer o quanto pior, melhor? É pouco inteligente, autoritária, unilateral e desrespeitosa com o funcionalismo essa lamentável diretriz”, ponderou.

O entendimento da presidenta do Sindicato e dos demais representantes sindicais foi o mesmo da desembargadora que presidiu a audiência de conciliação. Tanto que a magistrada ponderou que fosse levado ao conhecimento da diretoria do Banpará a proposta do TRT de abertura das mesas de negociação, chegando a propor nova reunião dia 31/08, para que a diretoria do banco respondesse quando poderia abrir a mesa específica de negociação. A diretora Márcia Maués manteve o mesmo tom inflexível, informando que a diretoria da instituição já tem posição fechada sobre o assunto.

O Ministério Público manifestou-se dizendo não acreditar que não haja nenhuma cláusula que possa ser negociada em paralelo à mesa da FENABAN e que o Banpará demonstrava sim posição de intransigência frente ao anseio dos trabalhadores e de suas entidades representativas. O MP também apelou pela abertura das negociações, mas os representantes do banco não aceitaram acordo.

“Tentamos de todas as formas abrir um canal de negociação com o Banpará, mas nem mesmo com a mediação do TRT e do Ministério Público o banco voltou atrás de sua posição intransigente e segue negando a abertura das mesas de negociação. Agora vamos avaliar a situação em assembleia para definir os rumos da nossa campanha no Banco do Estado”, ressalta Rosalina.

ASSEMBLEIA HOJE ÀS 19 HORAS. NÃO FALTE!

Teremos assembleia geral específica do funcionalismo do Banpará logo mais, às 19 horas, na sede do Sindicato (Rua 28 de setembro, nº 1210, entre Doca e Quintino, Reduto) para avaliar a situação e definir estratégias para a Campanha no banco. A presença de todos e todas é fundamental. Mobilize seus colegas da Matriz, PABs e Agências. Opine e debata sobre sua vida profissional e trabalhistas.

Fonte: Bancários PA

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