CN2018: Bancos fazem proposta apenas de reposição da inflação, sem aumento real. Assembleia é hoje (8)!

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Comando indica rejeição da proposta em assembleias e participação nas atividades do dia do basta, para garantia de empregos e direitos; próxima negociação ocorrerá dia 17

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta que apenas cobre a inflação nos salários, PLR, vales e demais verbas econômicas, sem aumento real, na sexta reunião da mesa única de negociação, realizada nesta terça-feira (7), em São Paulo. Também não garantiu que os bancários não serão substituídos por trabalhadores contratados de forma precarizada, a exemplo da terceirização. Os bancos querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações. A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira).

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, avaliou a proposta e indica sua rejeição nas assembleias a serem realizadas nesta quarta-feira (8) por sindicatos da categoria de todo o país, uma vez que a mesma não traz aumento real nem garantia dos direitos conquistados e estabelecidos na CCT, tampouco a manutenção dos empregos.

A assembleia da categoria bancária do Pará será realizada nessa quarta-feira (8), às 19 horas, na sede do Sindicato dos Bancários, conforme edital de convocação publicado.

“Consideramos a proposta apresentadas pelos bancos um insulto aos bancários e bancárias porque entendemos que eles têm condições de atender às nossas reivindicações, tendo em vista que, mesmo alegando que o país está em crise, os bancos continuam lucrando ainda mais, comprovado na divulgação dos balanços dos principais bancos brasileiros. Por essa razão, não aceitaremos em hipótese alguma apenas a reposição da inflação. Queremos aumento real de salários e queremos também discutir outras cláusulas da nossa pauta de reivindicações com relação à manutenção de emprego, não  terceirização, segurança bancária, dentre outros pontos”, ressalta o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos, que está em tratamento médico em São Paulo, mas teve autorização para acompanhar a reunião do Comando Nacional.

Os cinco maiores bancos tiveram lucro de R$ 77,4 bilhões em 2017 e apenas com a receita obtida com tarifas de serviços bancários consegue cobrir todos os gastos com o pessoal em 140%. Apenas com as receitas de tarifas com prestação de serviços conseguem cobrir todos as despesas de pessoal, em média, em 140%.

Proposta insuficiente e incompleta
Além de não querer dar aumente real, os bancos já disseram que vão retirar a cláusula da CCT que possibilita o abono ou compensação dos dias parados de greve.

Um avanço da negociação desta terça-feira é que a CCT é válida para todos, inclusive para os trabalhadores hipersuficientes, que possuem escolaridade de nível superior e ganham acima de dois tetos do INSS.

Na avaliação do Comando Nacional é importante que todos e todas participem das assembleias em seus sindicatos para mostrar a unidade e a força da categoria e da mobilização dos dias 10 de agosto, acompanhem as negociações do dia 17 e estejam mobilizados para lutar pela manutenção dos seus direitos e reivindicações da categoria.

Basta de desemprego e retirada de direitos
No dia 10 de agosto, no Dia do Basta a categoria vai promover retardamento da abertura de agências e departamentos bancários no dia 10 de agosto (sexta-feira) e participar das atividades locais que serão realizadas por sindicatos de diversas categorias contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e contra o desemprego e a retirada de direitos.

“O Dia do Basta é um Dia Nacional de Luta de todas as categorias contra o desemprego e a retirada de direitos. Também será um momento importante para as bancárias e os bancários mostrarem aos banqueiros que não aceitaremos a retirada de direitos e que queremos aumento real em nossos salários. Em Belém teremos ato público no dia 10 e a concentração será na Praça da República, a partir das 8 horas. Isso estará em pauta na nossa assembleia dessa quarta (8) e vamos mobilizar a categoria para fortalecer essa luta no Dia do Basta”, destaca a presidenta em exercício do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

Defesa dos bancos públicos
No dia 15 de agosto será realizado um Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos e contra a resolução 23 da CGPAR, em Brasília, em frente ao Ministério da Fazenda e repercutido nos estados que não puderem participar do ato em Brasília.

 

Fonte: Bancários PA e Contraf-CUT

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