CN2018: Conecef organiza empregados da Caixa contra privatização e retirada de direitos

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Em campanha nacional, bancários da Caixa encerraram nesta sexta (8) congresso que debateu pauta de reivindicações e resistência contra a ameaça de privatização

Terminou nesta sexta-feira (8), em São Paulo, o 34º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) que debateu reivindicações trabalhistas e a resistência contra a ameaça de privatização do banco, reafirmada em entrevista dada esta semana pelo ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré-candidato à Presidência da República pelo MDB.

Em campanha nacional, os trabalhadores e trabalhadoras iniciaram os debates para definir a pauta de reivindicações e as estratégias de combate aos ataques promovidos pelo ilegítimo e golpista Michel Temer.

“Neste congresso teve muita unidade no sentido de avaliar a perda de direitos e ameaças à Caixa como produtos do Golpe de 2016. Essa unidade estará presente em nossa campanha para a defesa da Caixa 100% pública, além da manutenção do Saúde Caixa na fórmula atual de custeio, bem como melhorias das condições de trabalho e remuneração”, destaca a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.

Desde 2014, o governo tem aplicado uma política de enxugamento do banco, alertou Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.
Segundo ela, “a Caixa já está com 15 mil trabalhadores a menos, fechou 30 agências e pretende fechar mais 100”.

Sérgio Takemoto, vice-presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), reforça a necessidade de lutar contra a privatização.

“Estamos passando por um momento de ameaça sobre a existência da Caixa. Houve várias mudanças, o estatuto do banco foi modificando, com a possibilidade de indicações de vice-presidente ser do mercado”.

Além disso, pré-candidatos na corrida presidencial, não só Meirelles, têm se posicionado a favor da venda da Caixa para agradar o sistema financeiro privado, diz Rita Serrano, que lembra a importância do banco público para consolidação das políticas sociais do Brasil.

“Se privatizar o patrimônio público todo, quem vai perder é a população brasileira, porque a Caixa sozinha financia 70% da habitação do país, além de ser uma operadora dos programas sociais”.

O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, concordou sobre a importância de se enfrentar o debate e resistir à privatização da Caixa, “um banco público essencial para a economia do país e para a população de baixa renda”.

Para Gabas, a Caixa “tem uma influência positiva na vida do cidadão brasileiro, não pode ser privatizado e entregue ao capital especulativo”.

Livro “Caixa, banco dos brasileiros” é lançado em São Paulo

O livro “Caixa, banco dos brasileiros”, que integra coleção de publicações da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), lançado nessa quinta-feira (7), em São Paulo, durante o Conecef, discute as reivindicações dos bancários para a campanha nacional unificada 2018.

A obra apresenta um resgate da história do banco desde sua criação, em 1861, e sua utilização diante das condicionantes político-econômicas de cada período, reafirmando a necessidade de sua manutenção como empresa pública voltada para o desenvolvimento do Brasil. Traz, ainda, uma seleção de fotos históricas, em especial sobre a organização e mobilização dos empregados do banco nas últimas três décadas.

“A ideia é recuperar um pouco dessa rica história do banco e de seus empregados. A Caixa é uma instituição centenária que deve continuar pública e a serviço dos brasileiros. Nesse momento, em que o risco de privatização é grande, é fundamental conhecer esse passado para fortalecer nossa luta presente”, diz a autora Rita Serrano.
Este é o segundo livro da coleção Fenae, inaugurada com “Bancos Públicos do Brasil”, do economista Fernando Nogueira da Costa.

Fonte: Bancários PA e CUT

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