Covid-19: Categoria relata sobre as dificuldades de atendimento no interior

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A bancária do Banpará, Denise Albuquerque, foi um dos primeiros casos de covid-19 no Pará. Ainda em Belém, ela começou a apresentar os primeiros sintomas, na semana anterior ao primeiro caso confirmado no estado, e piorou na semana seguinte, em Tucuruí, nordeste paraense, onde ela foi passar aniversário; um dia depois do primeiro caso que foi no dia 18 de março.

“Eu estava sentindo febre e muita tosse há uma semana, antes de viajar para Tucuruí para passar meu aniversario com minha mãe. Chegando lá piorou meu estado não conseguia mais falar. Cansaço, fraqueza, mal estar, muita, muita tosse”, lembra Denise.

Ela procurou atendimento médico e foi imediatamente internada numa clínica particular. Após dois dias de internação, mesmo com uso de antibióticos, a bancária não apresentava nenhum sinal de melhoras e a febre foi aumentando.

“Encaminharam-me para o Hospital Regional de Tucuruí, e imediatamente fiquei isolada com suspeita de covid-19, porém por ser ainda muito precoce o conhecimento sobre a doença, permaneci com outros suspeitos em uma ala no hospital por mais 3 dias. Uma das medicações usada foi a cloroquina até que eu não consegui mais respirar sozinha. Eu sentia fortes dores no peito, e nas costas, um cansaço extremo”, conta Denise.

A bancária teve que entrar para o oxigênio, a saturação baixou, mas na época a pandemia estava chegando ao Pará e não foi testada, já que naquela época, testes eram priorizados para os casos mais graves.

“Meu quadro estava piorando e foi quando a assessoria da presidência do Banpará juntamente com apoio do Sindicato, na figura da Vera Paoloni, compadecidas do meu estado naquele momento, acionaram toda a gestão do banco que não mediu esforços para minha transferência para Belém”, comenta.

Até que Denise foi transferida em UTI móvel particular. Chegando a Belém foi hospitalizada e depois de uma tomografia, foi descartado o diagnóstico para a covid-19. Foram mais 4 dias de internação isolada num hospital em Marituba até receber alta e ficar em observação, em casa.

A bancária apresentou melhoras, mas foi por pouco tempo, até ela contrair dengue, repetir tomografia e testar positivo para o novo coronavírus. A segunda tomografia atestou a mudança de pneumonia bacteriana para pneumonia viral.

“Somente agora em junho retornei ao trabalho e já estou 100% recuperada. E com muita gratidão por todo apoio que o Banpará, o Sindicato e Associação prestaram a mim”, agradece emocionada.

Boletim COVID-PA

Desde o mês de fevereiro, quando foram registrados os primeiros casos oficiais da pandemia no Brasil, pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) vêm desenvolvendo estudos para entender o comportamento da doença no estado do Pará.

Assim como previu o estudo, as microrregiões de Belém e Castanhal vêm apresentando tendência de queda na curva de contágios confirmados desde o final de abril e o estado do Pará como um todo também começa a apresentar um comportamento de queda. No entanto, a doença segue em expansão em algumas microrregiões do estado.

O professor Marcus Braga destaca que um dos papéis da academia diante de uma situação grave como esta é o de produzir estudos e gerar dados que possam servir à sociedade. “Este tipo de estudo pode servir como suporte para a tomada de decisões por parte do poder público. Por exemplo, a estimativa de leitos de UTI permite ao Governo se antecipar e realocar recursos entre as regiões mais e menos afetadas e pode, de fato, salvar vidas. A nossa satisfação é saber que isto está acontecendo”.

Medidas preventivas

Os pesquisadores da Ufra ressaltam que o estudo não abrange uma previsão de dados subnotificados, devido à falta de documentação completa. Estudo da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) aponta que as subnotificações representam cerca de sete vezes os números oficiais. A proposta da Ufra é gerar informes semanais com projeções viáveis e rápidas, porém sem a pretensão de ser o único estudo sobre a pandemia no estado. Por esta razão, os profissionais alertam que as projeções devem ser utilizadas de forma complementar a pesquisas e estudos científicos desenvolvidos por outras instituições.

Em todos os boletins e relatórios publicados pela Ufra, a equipe reafirma, ainda, a necessidade de se manter o distanciamento social como medida fundamental para o controle da pandemia e um eventual retorno à “normalidade”. A universidade recomenda a permanência de todos os cuidados individuais e coletivos à sociedade paraense, conforme orientações da OMS, para evitar novas ondas de contágio.

Procure o Sindicato

Se você bancário e bancária tiver com dificuldades em conseguir atendimento para a covid-19, pelo plano de saúde do banco, entre em contato com o Sindicato pelas redes sociais, site bancariospa.org.br ou Whatsapp Bancário (91) 98426-1399.

 

Fonte: Bancários PA com informações da Ufra

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