Por maioria de votos (51 votos a 40), os funcionários e funcionárias do Banpará reunidos em assembleia geral na noite desta quarta-feira (29) na sede do Sindicato decidiram pela deflagração de greve por tempo indeterminado no banco a partir desta terça-feira, 4 de setembro.
Duas propostas foram apresentadas: a primeira, que defendeu a greve já, a começar na terça-feira e que obteve 51 votos. A outra proposta era de chamar nova assembléia para o dia 05/09, data em que foi marcada uma rodada de negociação com o Banpará, e avaliar o resultado dessa negociação para então decidir os rumos do movimento, que obteve 40 votos. Nenhuma proposta descartou a greve como instrumento de luta. A divergência esteve centrada na data de início da paralisação.
Inconformados com a postura do banco em não abrir mesa de negociação específica desde o recebimento da minuta no último dia 6 de agosto, com a não assinatura do ajuste preliminar que garante a validade do acordo coletivo vigente até a assinatura do novo ACT, e com a negativa de conciliação na audiência realizada na manhã de hoje no Tribunal Regional do Trabalho, o funcionalismo do Banpará decidiu pela greve como forma de pressionar a direção da empresa a negociar seriamente com a categoria.
“É compreensível o sentimento do funcionalismo do Banpará em não querer esperar a deflagração nacional de greve da categoria por conta da postura adotada pelo banco desde a entrega da minuta. O Sindicato, a Contraf e a Fetec Centro Norte tentaram reiteradas vezes abrir o canal de negociação com o Banpará, mas o banco não quis. Por isso, o ofício enviado hoje horas antes da assembleia dizendo que abriria a mesa no dia 5 acabou não sendo suficiente para convencer a categoria de que o Banco deseja negociar seriamente”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Durante toda a última semana o Sindicato realizou diversas manifestações nas agências da capital com o intuito de abrir as negociações com a direção da empresa. Foi retardada a abertura das agências Centro Belém, Senador Lemos, Nazaré e São Brás. Em todas as paralisações estiveram presentes as diretoras do Sindicato Érica Fabíola e Odinéa Gonçalves, além da presidenta do Sindicato Rosalina Amorim e diversos diretores da entidade, além da diretora da FETEC/CN, Vera Paoloni.
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Fonte: Bancários PA
