Sindicato alerta categoria para nova modalidade de crime

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INSEGURANÇA BASTANa última quarta-feira (14), três pessoas foram presas, em Belém, acusadas de extorsão e estelionato contra bancários no interior do Pará. A nova modalidade de crime foi chamada pela polícia de “sapatinho telemático” em alusão à modalidade de assalto a banco conhecida como “sapatinho”, em que bandidos sequestram familiares de bancários para obrigá-los a retirar dinheiro do banco em troca da liberdade dos reféns.

No novo golpe, os criminosos ligaram para as vítimas que trabalham como caixas, fizeram ameaças de morte aos familiares dos bancários, que supostamente estariam sendo mantidos como reféns, e exigiram dinheiro para libertá-los com vida. Cerca de R$ 400.000,00 foram transferidos de Redenção e Parauapebas.

Segundo a polícia, a quadrilha é do Rio de Janeiro, e pela internet, recrutavam pessoas que pudessem ceder a conta bancária para depósito da quantia exigida, em troca receberiam cerca de 10% do valor.

Andréa Ferreira dos Santos, Selma Araújo da Silva (garotas de programa) e Anderson Santos da Silva (irmão de Andréa) foram autuados em flagrante por extorsão e estelionato. A conta de Anderson foi usada para receber R$ 100 mil do dinheiro transferido. Parte do valor – R$ 70 mil – foi depositado em outra contra. Os presos alegaram que também foram vítimas, mas para a polícia, eles contribuíram diretamente para os crimes de extorsão e estelionato.

“O Sindicato dos Bancários vem lutando diariamente contra a insegurança bancária, seja através de paralisações em agências assaltadas, denúncias aos órgãos competentes e reuniões com a Secretaria de Segurança Pública especialmente para cobrar a retomada do GT de Segurança, pois acreditamos que se o assunto for debatido sempre entre a entidade e as polícias Civil e Militar, conseguiremos definir estratégias que coíbam ou pelo menos reduzam as ocorrências que a cada dia inovam e continuam vitimando bancários e seus familiares. Pedimos a categoria que também não esqueça de procurar o Sindicato em casos de assalto, para que possamos cobrar os bancos e também das autoridades ações mais enérgicas”, afirma a presidenta da entidade, Rosalina Amorim.

Orientações – O diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais, delegado Neyvaldo Silva alerta aos bancários que não caiam nesse golpe. “Caso recebam telefonemas, procurem verificar antes se os familiares estão bem e entrem em contato com a Polícia. Jamais façam transferências de dinheiro”, orienta.

A Polícia Civil continua as investigações em busca de outros integrantes da quadrilha.


Fonte: Bancários PA, com Polícia Civil do Pará

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