Sindicato é contra o fechamento de agências no Banco da Amazônia

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Entidades sindicais argumentam que fechar unidades em razão de déficit é desconsiderar a função social da empresa

O anuncio do fechamento de 4 unidades do Banco da Amazônia, feito pela instituição no dia 1º de junho, acendeu o sinal de alerta para a categoria bancária. A medida levou as entidades sindicais a reivindicar reunião com o Banco para discutir o assunto, o que ocorreu por telereunião na última sexta-feira (12).

Na oportunidade o gerente executivo da GERET, Carlos Garcia, apresentou a metodologia utilizada pelo Banco da Amazônia, com base no normativo do Banco Central, para avaliar o desempenho das agências.

Segundo Carlos Garcia, pelo fato de as unidades Santa Inês e Pinheiro (MA), Guiratinga (MT) e o PAA Nova Ipixuna (PA) não terem alcançado os índices metodológicos aplicados e por somarem prejuízos consecutivos no período apurado, o banco resolveu encerrar as atividades das mesmas.

O gerente da GESOP, Francisco Moura, ponderou que a empresa tem desenvolvido a região norte por estar presente em todos os municípios; e que independente do fato de o banco possuir a natureza de fomento, ele está sob os mesmos normativos e metodologias dos demais bancos.

Resposta sindical

Diante dessa argumentação, o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos, informou que o posicionamento das entidades sindicais é contrário à decisão de fechamento das unidades, posto que tal decisão prejudica e desmobiliza o papel social do banco na região.

“Fechar uma unidade em razão de déficit é desconsiderar a função social da empresa. Solicitamos que a decisão fosse revista, levando-se em consideração a atual conjuntura e o papel de fomento que o banco possui nessas localidades. As entidades também afirmaram em mesa que irão tomar as medidas cabíveis para que tal medida seja reformada”, destaca Gilmar Santos.

O secretário geral do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade, ressaltou que “a conduta do Banco tem como premissa adotar o programa de desestruturação das empresas públicas do governo federal, por isso seremos resistência em defesa dos empregos da categoria e da missão da instituição em fomentar o desenvolvimento regional”.

A dirigente do sindicato e também empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia, afirmou que “o Banco da Amazônia não pode ser comparado e tratado como os outros bancos, posto que é um banco de fomento. Em algumas localidades, ele é o único banco na cidade, como em Nova Ipixuna, por exemplo”.

Os trabalhadores foram representados na reunião pelo presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos; pelos dirigentes do sindicato e empregados do Banco da Amazônia Sérgio Trindade, Suzana Gaia e Ronaldo Fernandes; além do diretor da Fetec-CUT Centro Norte Ayr José; do diretor do Sindicato dos Bancários de Rondônia Ricardo Vitor; e do assessor jurídico do Sindicato dos Bancários do Pará, Luiz Fernando Galiza.

Pelo Banco da Amazônia participaram Francisco Moura (Gerente Executivo da GESOP); Bruna Paraense (Gerente Executiva da GEPES); e Carlos Henrique Garcia (Gerente Executivo da GERET).

Fonte: Bancários PA

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