Sindicato protesta contra o desconto dos dias parados no Banco da Amazônia

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1---Mobilização-do-Sindicato-na-matriz-do-Banco-da-Amazônia-contra-o-desconto-dos-dias-parados-na-greve-de-2012Não aceitamos retaliações ao movimento de greve da categoria! Esse foi o posicionamento que o Sindicato dos Bancários do Pará levou à direção do Banco da Amazônia durante um ato público realizado na manhã desta sexta-feira (25) em protesto contra o desconto dos dias parados durante a greve da categoria no ano passado e que, supostamente, não teriam sido compensados até o dia 15 de dezembro de 2012 conforme o Ajuste Preliminar ao Acordo Coletivo 2012/2013, documento este que diz claramente: “Os dias não trabalhados entre 18 de setembro de 2012 e 27 de setembro de 2012, por motivo de paralisação, NÃO SERÃO DESCONTADOS (P.2, Cláusula Quinta)”.

Na última quarta-feira, 23 de janeiro, quando saiu a folha de pagamento dos empregados e empregadas, o Banco da Amazônia, unilateralmente, descontou de muitos trabalhadores as horas não compensadas no período determinado pelo Ajuste Preliminar que fora assinado pelo Banco e as entidades sindicais.

2---Rosalina-Amorim---Repudiamos-veementemente-a-retaliação-do-Banco-da-Amazônia-ao-direito-de-greve-da-categoria“Repudiamos veementemente a atitude do Banco da Amazônia, pois além de desrespeitar um direito constitucional da classe trabalhadora, também passou por cima do Acordo que foi feito e assinado entre o banco e a categoria, onde em nenhum momento estava previsto o desconto dos dias parados. Não aceitamos retaliações ao movimento legal e democrático da categoria de organizar greve por melhores salários e condições de trabalho e vamos lutar na justiça pela garantia dos nossos direitos”, declarou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

3---Sérgio-Trindade---Banco-da-Amazônia-deve-respeitar-a-constituição-e-os-acordos-assinados-com-a-nossa-categoria“O Banco da Amazônia foi a única instituição financeira a descontar de seus empregados os dias de greve que não foram compensados, o que é extremamente lamentável. Não aceitamos esse tipo de atitude antissindical e antidemocrática. Retaliações políticas desse tipo nos remetem ao período sombrio da ditadura militar, mas hoje vivemos sob um regime democrático e de garantia dos direitos civis. A greve é um direito de todos os trabalhadores brasileiros e não aceitamos que isso seja desrespeitado”, ressaltou o vice-presidente do Sindicato e da Fetec Centro Norte, Sérgio Trindade.

8---Após-ato-público-dirigentes-sindicais-percorreram-a-matriz-para-dialogar-sobre-a-importância-de-lutar-contra-o-desconto-dos-dias-parados-no-Banco-da-AmazôniaApós o ato público os dirigentes do Sindicato percorreram diversos setores da matriz do Banco da Amazônia para esclarecer aos empregados e empregadas do banco as medidas que estão sendo tomadas pelo Sindicato no sentido de reverter a situação do desconto indevido.

Ação jurídica – Ainda na manhã dessa sexta-feira (25) o Sindicato dos Bancários do Pará protocolou Ação Civil Pública contra o Banco da Amazônia pleiteando a devolução dos valores descontados pelas horas não compensadas durante a greve da categoria.

Ponto Eletrônico e Lateralidade também são criticados pelo Sindicato

Ainda durante a manifestação de hoje o Sindicato também fez duras críticas ao Sistema de Ponto Eletrônico que foi implementado pelo Banco da Amazônia, assim como à política de Lateralidade que o banco pretende pôr em prática.

4---Marco-Aurélio---Funcionamento-do-Ponto-Eletrônico-não-condiz-com-que-foi-apresentado-às-entidades-sindicaisEm relação ao Sistema de Ponto Eletrônico (SISPE) o Sindicato fez questão de frisar que banco o colocou em prática por obrigação do Acórdão do TST em 2011, e que esse sistema não teve em nenhum momento o aval do Sindicato, tanto que o Acordo Coletivo sobre o assunto não foi assinado, pois as entidades identificaram pendências que dificultavam qualquer acordo em relação ao sistema alternativo de ponto eletrônico criado pelo Banco da Amazônia.

“O pior em relação ao ponto eletrônico, é que o banco faltou com a verdade com as entidades sindicais na reunião de apresentação do SISPE, quando foi dito que após o cumprimento da jornada, o sistema iria fechar e impedir o trabalhador de continuar com suas tarefas, o que não está ocorrendo”, destacou o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Marco Aurélio Vaz.

5---Cristiano-Moreno---Os-15-minutos-de-descanso-dentro-da-jornada-de-6-horas-é-um-direito-adquirido-há-decadas-pelos-empregados-do-Banco-da-Amazônia“Outro problema que o Banco da Amazônia nos traz com a implementação do ponto eletrônico é fazer com que os 15 minutos de descanso sejam incluídos para além da jornada de 6 horas dos empregados, sendo que ao longo dos 70 anos de história do banco praticou esses 15 minutos dentro da jornada dos bancários. Mas o Sindicato já moveu ação contra o Banco para que esse direito adquirido ao longo de décadas seja respeitado”, complementou o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Cristiano Moreno.

6---Rômulo-Weyl---Somos-contra-a-Lateralidade-pois-ela-representa-a-precarização-do-trabalho-bancárioSobre a Lateralidade, o Sindicato também se declarou contrário a essa política por entender que essa medida vem apenas para prejudicar os trabalhadores no que diz respeito ao acúmulo de trabalho e à saúde dos empregados.

“A lateralidade é uma prática adotada pelos bancos privados e pelo Banco do Brasil, sob a lógica de contenção de gastos da empresa, mas essa medida não beneficia em nada os trabalhadores, pois o mesmo acumula função e não receber por isso, fica sobrecarregado com tanto trabalho, e o resultado disso acaba sendo o adoecimento dos bancários. Não concordamos com a lateralidade no Banco da Amazônia”, concluiu o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Rômulo Weyl.

Fonte: Bancários PA

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