17º Encontro Estadual do Banco do Brasil reuniu bancários e bancárias do Pará para debater saúde, condições de trabalho e fortalecimento do banco público

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Funcionários e funcionárias do Banco do Brasil participaram na terça-feira, 22, do 17º Encontro Estadual da categoria no Pará. Com intensos debates sobre saúde mental, condições de trabalho, sustentabilidade da CASSI e defesa do BB como banco público, o encontro foi espaço de escuta, denúncia e encaminhamentos para o CNFBB.

A representante na Comissão de Empresa dos Funcionários(as) do BB, Priscila Aguirres atualizou a categoria sobre as dificuldades enfrentadas nas mesas de negociação com o banco. Um dos principais temas foi a proposta de custeio da CASSI. “A proposta consensuada pelas entidades foi aumentar a participação do banco de 52% para 70%. Mas a primeira resposta do banco foi rebaixada, passando de 52% para 53%, colocando toda a responsabilidade nos associados. Isso foi rejeitado imediatamente”, criticou.

Ela alertou para o cenário de adoecimento e cobrança por metas. “O banco fala muito de segurança psicológica, mas age como se o problema estivesse fora, e não dentro. O ambiente de trabalho é tóxico, e as mudanças implementadas só agravaram essa realidade. Propostas como essa de custeio, rebaixadas, não têm nenhuma chance de passar”, afirmou.

A diretora da Contraf-CUT Rosalina Amorim destacou a importância de manter e fortalecer o caráter público do Banco do Brasil: “O histórico de defesa da classe trabalhadora passa também pela defesa das empresas públicas. O BB cumpre um papel fundamental, e nossa luta é pela manutenção e fortalecimento desse banco como instrumento de desenvolvimento social e regional.”

Já o diretor do Sindicato na subsede em Marabá e região, Wellington Santos, reforçou a urgência de enfrentar o adoecimento da categoria: “O debate sobre saúde mental não pode ser tratado de forma reducionista. Tivemos casos trágicos no Pará: dois colegas faleceram em decorrência de problemas de saúde após o expediente. O banco não investigou, não acolheu, apenas substituiu. Essa normalização é inaceitável!”

O encontro também contou com participação da presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira, que convocou a categoria à mobilização: “Este não é um ano de campanha salarial, mas é o momento de acumular forças, aprofundar os debates e enfrentar os desafios da categoria, como a saúde, os ataques às estatais e o avanço da tecnologia. Precisamos fortalecer nossa organização.”

Encaminhamentos e propostas

Durante o encontro, bancários e bancárias apresentaram demandas e propostas para o Congresso Nacional:

. Moção de repúdio ao PL da devastação ambiental;
. Ampliação da rede credenciada e dos serviços do plano odontológico BB Dental;
. Levantamento e transparência sobre critérios para criação de cargos comissionados e de confiança, especialmente nas regiões mais afastadas como Santarém
. Fortalecimento da saúde mental nos programas do banco e da CASSI;
. Investimentos maiores para a agricultura familiar via BB;
. Eleição dos delegados e delegados para o Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil

Delegação eleita para o Congresso Nacional dos Funcionários e Funcionárias do Banco do Brasil nos dias 21 e 22 de agosto em São Paulo

Titulares:

Ana Porto – Itaituba
Gilmar Santos – Belém
João Paulo Machado – Marabá
Rafaela Carletto – Santarém
Wellington Araújo – Marabá

Suplentes:

Kairison Whesslen Barbosa – Dom Eliseu
Lília Maria – Belém
Sandra Maria – Marabá

Nossa luta não termina no encontro, pelo contrário, ganha fôlego nas ruas, nas agências, nas mesas de negociação. Enquanto houver meta abusiva, adoecimento e ataque às nossas conquistas, o Sindicato dos Bancários do Pará estará resistindo!

 

Fonte: Bancários PA

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