Justiça é acionada contra o fechamento de agências do Banco da Amazônia

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Na ação, com pedido de tutela de urgência, o Sindicato pleiteia que o Banco da Amazônia seja condenado em “obrigação de fazer consistente em manter em pleno funcionamento a Agência Ananindeua Castanheira e a Agência Belém Almirante Barroso”.

Na mesma ação, a entidade sindical também pede que o banco seja proibido de adotar “qualquer medida destinada a esvaziar ou reduzir o quadro de empregados e os serviços bancários prestados pelas agências” e ainda caso a sentença saía após o fechamento de qualquer uma das unidades, “que a empresa ré seja obrigada a reabrir/reativar a agência bancária, com a mesma dotação de empregados e com os mesmos serviços bancários prestados antes do fechamento”.

A Ação Civil Pública (ACP) faz parte da agenda de lutas do Sindicato contra o fechamento das agências do Banco da Amazônia no país: 2 em Belém (a Ananindeua Castanheira e Belém Almirante Barroso), 1 no Amazonas, 1 no Mato Grosso e 3 no Maranhão.

Na defesa do emprego do funcionalismo, o Sindicato destaca na ACP que um dos argumentos, utilizados pelo banco, para defender o fechamento das unidades chamado de ‘reposicionamento estratégico’, seria de que não haveria prejuízo aos empregados.

“Trata-se de argumento falacioso, tendo em vista que o fechamento de agências, inevitavelmente, levará ao descomissionamento de inúmeros empregados (eis que diversas funções de Assistente/Supervisor/Gerente deixarão de existir do dia para a noite) que serão lotados em agências completamente distintas das que atualmente trabalham o que implicará em grave alteração da rotina pessoal e familiar dos empregados”, defende o Sindicato na ação.

“O descomissionamento implica também em mudanças de vida financeiramente e de forma brusca, já que com a perda de função automaticamente tem-se a redução de salário e ninguém está preparado emocionalmente para uma mudança dessas, do dia para noite, sem nenhum tipo de conversa prévia. Nem nós, enquanto entidades, fomos chamados para conversar sobre essas mudanças”, lembra o vice-presidente da Fetec-CUT/CN e empregado do banco, Sérgio Trindade.

Lucro teve, então por que fecha? – “Não é possível, de forma alguma, cogitar que a empresa ré vem passando por momento financeiro de dificuldade ou mesmo de instabilidade, sobretudo porque, sequer há notícia de que a empresa vem registrando alguma espécie de prejuízo”.

Pelo contrário, no último dia 2, o Banco da Amazônia, em coletiva à imprensa, contabilizou uma série de crescimentos que fechou 2016 com saldo positivo, em mais um ano, no balanço. “Aproximadamente R$ 2,8 bilhões foram contratados pela instituição, resultando em 20 mil operações”, diz a matéria de um dos jornais de grande circulação no Pará, do dia seguinte à coletiva.

“Não queremos interferir no modelo de negócios da empresa, nossa ação é para defender a manutenção do emprego dos trabalhadores e trabalhadoras, bem como o atendimento à população, que também será prejudicada tendo que se deslocar para unidades muito mais distantes, sobrecarregando o atendimento nessas agências que já tem grande procura”, ressalta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

 

 

Fonte: Bancários PA

 

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