#AcordãoNão: Bancários do Itaú paralisam agências de Belém, Marabá e Santarém contra o novo ACT do banco

0

Hoje, dia 6 de fevereiro, ocorreu uma paralisação nacional no banco Itaú, contra o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que centraliza cinco temas: teletrabalho, ponto eletrônico, bolsa auxílio-educação, validação de ponto e compensação de jornada. O Itaú pretende que o Sindicato assine, neste pacote, propostas que desrespeitam a jornada de trabalho da categoria, o que motivou a paralisação. Em Belém foram paralisadas as agências da Batista Campos, Senador Lemos e Nazaré, houveram também paralisações em Marabá e Santarém.

“Estamos aqui para denunciar primeiramente as demissões que continuam sendo feitas pelo banco nas agências, a precarização do atendimento e principalmente para denunciar o Acordo Coletivo de Trabalho do Itaú, que não foi assinado em função de intransigência do banco. Com esse ato, até o final do dia, queremos provocar que o banco possa sentar na mesa de negociação e efetivar uma nova negociação com os bancários e bancárias de parte do Brasil”, afirmou o representante da FETEC-CUT/CN-COE Itaú e diretor do SEEB-PA, Sandro Mattos.

“Nós vamos cruzar os braços e fazer pressão para que tenha uma mesa de negociação com o Itaú, com um acordo que respeite o ponto eletrônico dos funcionários. O Itaú é um dos bancos que mais lucra no Sistema Financeiro Nacional, em 2024 o Itaú teve um lucro de R$41 bilhões, e mesmo assim é um dos que mais demite funcionários e fecha agências. “ afirma o diretor do SEEB-PA, Joacy Pereira, da subsede de Santarém.

Neste acordo, o Itaú propõe que o Sindicato seja responsável pela validação do ponto eletrônico dos funcionários e funcionárias, assim como o banco de horas, que atualmente é regulamentado por acordo individual. A realidade por trás desta proposta é a precarização do trabalho, que  ocorre pois o (a) bancário (a) marca a saída no ponto mas continua trabalhando, mensagens de gestores são enviadas fora de expediente, funcionários não podem definir dias de compensação junto aos gestores e trabalhadores são mandados embora para casa por terem horas a compensar.

“Hoje estamos fortalecendo a luta contra as maldades que o Itaú quer impor aos seus trabalhadores através de um Acordo Coletivo. O banco que mais lucra hoje nesse país não quer respeitar o direito dos seus trabalhadores de receber hora-extra, o direito dos seus trabalhadores de ter saúde para trabalhar. O banco impõe metas abusivas, cada vez mais inatingíveis, além de desrespeitar em muitos casos a jornada de trabalho dos seus empregados.” relatou o diretor do SEEB-PA, Wellington Araújo, da subsede de Marabá.

O Sindicato não pode e nem deve validar as horas-extras dos funcionários, pois essa função é do banco. A entidade está disposta a assinar todos os avanços obtidos nas negociações, mas não pode assinar um ACT global, que junto com a manutenção de benefícios já existentes, institucionaliza desvios na jornada de trabalho e arbitrariedade do banco de horas.

Fonte: Bancários PA

Comments are closed.