A pandemia não acabou e Sindicato segue cobrando medidas de prevenção para a categoria

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Na manhã de quarta-feira (21), a prefeitura de Belém confirmou que houve aumento de casos suspeitos de Covid-19 em Belém. De acordo com o poder público municipal, a maior ocorrência de casos está entre pessoas da classe média e o aumento pode ser atribuído ao “retorno às grandes aglomerações em bares, festas e reuniões em casa”.

Entre a categoria bancária, o Sindicato também tem voltado a receber um maior número de denúncias de bancários e bancárias com sintomas ou que testaram positivo, e assim como foi no início da pandemia, segue acompanhando caso a caso e cobrando providências das instituições financeiras.

“Com a retomada de quase todos os serviços não essenciais, os bancos estão cobrando a volta dos funcionários do grupo de risco para o trabalho presencial, e estamos resistindo, pois não é admissível, afinal a pandemia não acabou, vacina não chegou e ainda temos novos casos diariamente. Quem é grupo de risco deve seguir em home office, e aos que não fazem parte, todas as medidas de prevenção e distanciamento devem ser garantidas, bem como a testagem por conta da empresa”, destaca o presidente do Sindicato e bancário do BB, Gilmar Santos.

Na semana passada, na agência do Bradesco na Av. Presidente Vargas, um bancário de outro estado testou positivo. Ele veio a Belém para realizar serviços na respectiva unidade, quando apresentou sintomas, fez exames e foi diagnosticado com a Covid-19.

“O banco seguiu o protocolo de segurança sanitária firmado com o Comando Nacional dos Bancários e evacuou o primeiro, segundo e terceiro andar do prédio onde o referido funcionário circulou para realizar a desinfecção dos ambientes, motivo pelo qual a agência ficou fechada e retomou suas atividades dois dias depois, mas com outros funcionários deslocados para lá. Os que trabalham nos respectivos andares desinfetados e tiveram contato com o bancário que testou positivo, também foram testados, e felizmente ninguém foi positivo”, conta a diretora de saúde e bancária do Bradesco, Heládia Carvalho.

Ainda na semana passada, o Sindicato recebeu uma denúncia, por telefone, que uma funcionária do Santander estaria afastada por conta da Covid-19, e que o banco não tomado as devidas providências sobre afastamento e limpeza do local.

“Fomos até a unidade e a gerência nos informou que a equipe foi afastada e testada, e faltavam somente duas pessoas serem testadas. A agência foi higienizada e reabriu para atendimento ao público”, explica o dirigente sindical, Márcio Saldanha.

Aumento de casos

Segundo um levantamento realizado com base em dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), houve um crescimento de 112% no número de casos entre os dias 12 e 16 de outubro.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre os dias 5 e 9 de outubro, foram registrados, em média, 40 casos suspeitos de Covid-19 nas unidades de saúde de Belém. Uma semana depois, entre os dias 12 e 16 de outubro, os números dobraram e alcançaram a média de 85 casos ao dia. Os dados fornecidos pela prefeitura de Belém no site “Painel Covid-19” se referem a casos de síndromes respiratórias agudas. Para a prefeitura, os casos são tratados como suspeitos de Covid-19, por apresentarem sintomas similares.

O aumento de casos suspeitos também é registrado em hospitais particulares da capital. De acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Pará, pelo menos cinco hospitais particulares de Belém precisaram reabrir alas exclusivas para Covid-19.

Apesar do aumento de casos da doença na capital confirmado pela Prefeitura de Belém, pelos hospitais particulares e pela Fiocruz, a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) afirma que há uma “redução da média móvel de casos e mortes”. Segundo dados coletados da plataforma “Monitoramento Covid-19”, do Governo do Pará, houve uma queda de 7,4% na média móvel de casos da doença nos últimos 14 dias.

 

Fonte: Bancários PA com G1 PA

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