“O 14º Congresso do Banco da Amazônia que se deu nos dias 27 e 29 (sexta-feira e sábado) nesse momento é simbólico. Enquanto estamos nos preparando para o processo da Campanha Nacional, seguimos na corrida contra a demissão do Quadro de Apoio (QA) do Basa que segue ameaçando os mais de 100 empregados e empregadas que há décadas se dedicam ao trabalho neste banco”, saúda a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, que também coordenou a mesa de abertura do evento que começou por volta de 18h30.
Tatiana Oliveira ainda falou sobre a necessidade de pautar o Banco da Amazônia, e construir as demandas com o maior número de empregados e empregadas possíveis.
O diretor Sérgio Trindade que também é coordenador da COE/Basa e faz parte da diretoria da FETEC-CN/CUT; ou Serginho, como carinhosamente é chamado pelos colegas, falou sobre continuar lutando e resistindo, com união para enfrentar os ataques do banco.
Gilson Lima, presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia, falou sobre o ano difícil que estamos tendo com mais esta batalha, e da necessidade de resgatar a união dos trabalhadores e trabalhadoras do Basa para fortalecer a mobilização e a luta.
Rosalina Amorim, diretora da Contraf-CUT, falou da necessidade de manter o Banco da Amazônia forte e público, e que cada vez mais precisamos fortalecer toda a base do Basa envolvendo todas as entidades.
Após as saudações, deu-se início à mesa sobre análise de conjuntura com o tema: “Desafios nacionais e políticas de desenvolvimento na Amazônia”. Os convidados para o debate foram o Dr. Danilo Fernandes, professor e pesquisador da UFPA, que também coordena o Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGE/UFPA); e Cleiton Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.
Danilo iniciou falando sobre o processo histórico do nascimento do Banco da Amazônia, das políticas implementadas na Era Vargas e por Juscelino Kubitschek e como isso impactou os bancos de fomento tal como é o Banco da Amazônia. “A construção ideológica se faz quando eu não tenho política de estado, daí o questionamento de “pra quê eu preciso de um banco público? Então o diferencial do banco de fomento é implementar uma política e não concorrer com bancos comerciais para fazer o mesmo que bancos privados já fazem. O fortalecimento conjunto do banco é o fortalecimento do estado, nesse caso, da região amazônica”, explicou.
Cleiton falou sobre as três décadas de conquistas da Convenção Coletiva. “Agora são 30 anos da nossa convenção coletiva que garante vários direitos dentre eles, em 1996, os economiários, trabalhadores da Caixa Econômica adquiriram o mesmo direito dos bancários que já estavam na luta há muito tempo”, comemorou.
O presidente da Fetec-CUT/CN destacou ainda como a atual direção do Basa está se comportando como um banco privado, que objetiva lucrar e demitir; além de destacar a importância de criação dos Comitês de Luta em todos os espaços. “Essa demissão do Quadro de Apoio é apenas um pretexto para realizar uma onda de demissões, e quem sabe até privatizar o nosso banco de fomento, e os Comitês de Luta são fundamentais para pautar os nossos debates como: a economia, desemprego, e principalmente a fome que voltou de maneira dilacerada ao nosso país. Temos de debater a privatização, a terceirização e a defesa os bancos públicos”, provocou.
A presidenta Tatiana finalizou o primeiro dia do Congresso falando sobre a importância da unidade e resistência em torno da não demissão do QA do Basa.
Os e as colegas presentes comentaram as falas, comemoraram o espaço criado para debater sobre o Basa e necessidade de unificarem os colegas para que as demandas contemplem todos e todas.
“O Basa é um banco fundamental para o desenvolvimento da nossa região que precisa resgatar o seu papel de banco de fomento, e não agir como banco privado com lógica de demissões e ameaça aos trabalhadores e trabalhadoras. O Quadro de Apoio não está só e para isso contamos com apoio de parlamentares, advogados, além da nossa categoria contra as demissões do QA. Obrigada a todos e todas que participaram e vamos juntos e juntas unidos e unidas na luta!”, finalizou Tatiana Oliveira.
Fonte: Bancários PA
