A agência do Bradesco localizada na Av. Pedro Álvares Cabral próximo ao Entroncamento em Belém foi assaltada no início da tarde desta segunda-feira (15). Seis homens armados renderam o vigilante e um dos funcionários que ficam no autoatendimento e invadiram a agência bancária rendendo clientes e demais funcionários do banco. Na fuga, os assaltantes levaram as armas dos três seguranças da agência.
A ação foi rápida, cerca de R$ 50 mil dos caixas foram levados. A agência ficou fechada do meio dia às 14 horas, pois devido à pressão da direção regional a unidade foi reaberta mesmo com os vigilantes desarmados. Um policial militar foi chamado pelo banco para fazer a segurança da agência. O armamento dos vigilantes foi reposto pela empresa prestadora de serviço apenas dez minutos antes do encerramento do atendimento ao público. A polícia procura pelos criminosos, as motos utilizadas na fuga foram encontradas próximas a um shopping center na BR-316.
Essa é a 33ª ocorrência de violência contra bancos no Pará em 2012 registrada pelo Sindicato, 9 a mais que o mesmo período do ano passado.
Descaso
Além de forçar a abertura da agência sem condições de segurança, o Bradesco informou que não irá emitir a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) porque não houve feridos. O banco não leva em consideração os abalos psicológicos pós-assalto que os funcionários do banco sofreram mediante a ação criminosa.
“Consideramos um absurdo essa postura do banco e o Sindicato dos Bancários irá providenciar a emissão da CAT, pois é um direito do trabalhador, assim como faremos a denuncia aos órgãos de segurança e de fiscalização do trabalho competentes sobre o ocorrido na agência Entroncamento no dia de hoje”, assegurou Saulo Araújo.
“Não vamos aceitar que o Bradesco trate com descaso a vida de seus trabalhadores em situações traumáticas como essas de pós-assalto. Vamos cobrar mais responsabilidade do banco em relação à segurança dos bancários”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
A insegurança no Bradesco
No primeiro final de semana das férias de julho desse ano, a gerente da agência do Bradesco na cidade do Acará e seu noivo, também gerente do Bradesco na cidade de Concórdia do Pará, foram vítimas de sequestro. Mais uma vez o Bradesco negou-se a emitir CAT para resguardar os direitos desses trabalhadores. Como paliativo, o banco concedeu licença à bancária, mas o bancário continuou trabalhando normalmente.
No final de semana seguinte, dia 13 de julho desse ano, doze homens armados roubaram a agência do Bradesco localizada na BR 316, Região Metropolitana de Belém. Na hora do assalto havia cerca de 60 pessoas no interior da unidade. A ação dos criminosos durou cerca de 3 minutos. Ninguém ficou ferido.
“Os bancos são as empresas que mais lucram no país e investem muito pouco desse lucro em segurança. Essa lógica perversa tem que acabar, pelo bem da segurança e da vida dos bancários e clientes dos bancos”, ressalta Rosalina Amorim.
Fonte: Bancários PA