A última quinta-feira do mês de julho era para ser mais um dia tranquilo das férias de um dos bancários do Bradesco de Itupiranga, sudeste do Pará. Mas a tranquilidade foi interrompida logo no início da manhã quando criminosos invadiram a casa do trabalhador e sequestraram a família dele que só seria libertada em troca do dinheiro do banco.
Porém o assalto foi frustrado após a polícia localizar o paradeiro da esposa e os filhos do bancário pelo GPS do celular de uma das vítimas. Ninguém ficou ferido e os assaltantes conseguiram fugir.
“Mais uma vez vemos um bancário do Bradesco sendo vítima da insegurança bancária e pública, reflexo da falta de investimento privado e público. Por mais que o dinheiro do banco não tenha sido levado fica o psicológico, de todas as vítimas e colegas dele, abalado e onde o banco precisa também ter atenção e cuidado com emissão de CAT e oferecendo atendimento médico e psicológico. O Sindicato já está acompanhando o caso e colocando à disposição nossa estrutura para auxiliar os trabalhadores e trabalhadoras no que for preciso”, afirma a diretora do Sindicato na região, Heidiany Moreno.
Maior lucro trimestral – A falta de investimento do Bradesco na segurança de seus funcionários, clientes e usuários tem sido pauta de reuniões com o banco e também de protestos realizados pelo Sindicato, como o de Santarém, pela morte do bancário Rodrigo Lima Coutinho, baleado por criminosos no local de trabalho durante tentativa de assalto em Trairão, oeste paraense.
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“É inadmissível o Bradesco permitir a abertura de unidades sem o mínimo de segurança no Estado. Já acionamos a Polícia Federal para que se faça algo como multar o banco pelo descumprimento das leis de segurança bancária. E não só é inadmissível, como também injustificável, já que o banco atingiu seu maior lucro trimestral na história”, destaca o diretor do Sindicato e membro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Sandro Mattos.
Segundo levantamento da consultoria Economatica, a instituição financeira anunciou ter registrado lucro líquido contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre de 2015, após atingir R$ 4,244 bilhões nos três meses anteriores – um aumento de 5,4%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro mostrou crescimento de 18,4%.
De acordo com o levantamento, considerando todos os bancos de capital aberto, o lucro do Bradesco neste segundo trimestre é o terceiro maior da história, atrás apenas dos resultados do Banco do Brasil, em 2013, e do Itaú Unibanco, em 2014.
Fonte: Bancários PA, com G1
