O Banco da Amazônia aproveitou a reunião que está ocorrendo com seus gestores (Secretários e Gerentes Executivos, Superintendentes Regionais, Coordenadores e Gerentes das Agências da Grande Belém, além das unidades reconhecidas pelos resultados do primeiro semestre do Programa Supera Mais) nesses dias 5 e 6 de setembro, para orientar formas de assédio aos seus empregados durante a greve deste ano.
Houve orientações esdrúxulas por parte da diretoria do banco, como por exemplo: para que os empregados venham trabalhar durante a madrugada, ou ainda que os empregados pedissem o RG e CPF dos colegas que estarão no piquete e procurassem uma delegacia, orientou ainda que os gestores “não medissem esforços” para coibir a adesão à greve, inclusive ameaçando com o desconto dos dias parados ainda no curso da paralisação.
Alterações no sistema de avaliação – A diretoria do Banco da Amazônia deixou claro que já foi aprovada pelo Conselho de Administração alterações no sistema de avaliação, e a partir de agora o resultado econômico do banco passará a influenciar diretamente nas avaliações dos empregados e, consequentemente, nas promoções. Essa mudança será aplicada inclusive na matriz.
Para o Sindicato, essas medidas são um retrocesso tendo em vista que após duas rodadas de negociação o Banco nada apresentou. Com essas orientações aos gestores, fica clara a intenção do Banco em mais uma vez tentar coibir a greve através do assédio.
“O direito de greve é garantido em Constituição. Essa atitude do banco tem viés ditatorial e não será aceita em hipótese nenhuma pelo nosso Sindicato. O banco demonstra claramente com isso que quer o enfrentamento em vez do processo negocial e tenta desmobilizar nossa categoria a todo custo. Mas os empregados e empregadas do Banco da Amazônia têm consciência de que somente com unidade, mobilização e uma forte greve poderemos arrancar conquistas nessa campanha nacional. Agora é greve! Vamos à luta!”, convoca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
“O poder econômico tenta, mais uma vez, subjugar o poder de luta da nossa categoria com assédio, com ameaças descabidas. A greve é uma conquista da classe trabalhadora brasileira e não será essa direção do banco que irá passar por cima de um direito constitucional da nossa categoria. Não aceitamos provocações, como fez a Fenaban com sua proposta rebaixada, nem tão pouco ameaças contra nosso direito de greve. A nossa categoria dará uma resposta a altura para direção do Banco da Amazônia. Seremos fortes e combativos em defesa dos nossos direitos durante a greve que se aproxima”, conclui o vice-presidente da Fetec-CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Fonte: Bancários PA