Banpará quer retorno do grupo de risco vacinado e Sindicato quer garantia de medidas de segurança e abatimento no banco de horas negativo

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Sindicato realizou telereunião com grupo de risco do Banpará para ouvir o funcionalismo em relação a um possível retorno ao trabalho presencial

O funcionalismo do Banpará que faz parte do grupo de risco: bancários e bancárias que possuem idade igual ou superior a 60 anos, portadores de doenças respiratórias crônicas, cardiovasculares, câncer, diabetes, hipertensos e imunodeficientes; além de grávidas e lactantes, só conseguiram ser afastados do trabalho presencial durante a pandemia graças à ação ajuizada pelo Sindicato e liminar obtida em 20/03/2021.

Mas com o início da vacinação de uma parcela desse grupo, conforme calendário nacional de imunização contra a Covid-19, a direção do banco quer o retorno ao trabalho presencial de todos e todas que tiverem o ciclo vacinal completo.

“Diante da solicitação de novo acordo, fizemos pedido inicial de abatimento do banco negativo de horas e decidimos realizar reunião com o funcionalismo do banco justamente para ouvi-los, na última sexta-feira (23). Até que se chegue num entendimento e se realize assembleia, tudo permanece como está: grupo de risco segue em home office ou teletrabalho, mesmo com a imunização completa, que segundo especialistas dura em média 15 dias após a aplicação da segunda dose. Enquanto isso, seguimos reunindo com a direção do banco para chegarmos a um consenso em que todos os bancários e bancários retornem quando for possível trabalhar de forma segura”, afirma a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.

Nesta terça-feira (27), Sindicato e Banpará reuniram-se mais uma vez para tratar o assunto. As preocupações de quem faz parte do grupo foram apresentadas ao Banpará, como o pedido de manutenção do teletrabalho enquanto durar a pandemia ou até 31/12/2021, com reavaliação do quadro sanitário antes desse prazo. Também foi solicitado que as Lactantes sigam afastadas, até o bebê completar 1 ano. Outra solicitação foi a manutenção de afastamento de casos graves, mesmo após a vacina: câncer, transplante, renal grave etc.

Importante informar que já na primeira reunião com o banco sobre o assunto, a empresa sinalizou abatimento de 20% do banco de horas negativo e extensão do prazo de pagamento do banco em um ano, a contar de 31 de agosto de 2021, além de reavaliar possível saldo negativo em mesa de negociação, caso haja funcionários que não consigam zerar seu banco neste período. O banco deve considerar também os casos de quem não vacinou no prazo, por problemas alheios à vontade.

“A vacinação dá uma esperança para o possível retorno, pois há uma proteção com a vacina. Como essa imunização ainda está lenta, importante manter e ampliar o teletrabalho, além de todas as medidas protetivas de segurança. Com a vacina, segundo especialistas, reduz as chances de desenvolver a forma grave da doença, mas, claro, não devemos esquecer de continuar mantendo todas as medidas de prevenção e é isso que queremos pactuar com o Banpará para um retorno adequado aos colegas que fazem parte do grupo de risco à Covid-19. E ouvir o grupo de risco”, pontua a vice-presidenta do Sindicato e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.

O Sindicato e o Banpará seguem em negociação para chegar numa proposta de acordo a ser submetida aos trabalhadores do grupo de risco, em assembleia do público alvo.

 

Fonte: Bancários PA

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