Além de demissões imotivadas, o temor da privatização, bancários e bancárias do Banpará também estão sofrendo com o assédio moral e as péssimas condições de trabalho. Segundo denúncias, um bancário foi obrigado a rasgar o ponto original com as horas extras e assinar um novo documento sem as horas a mais trabalhadas no mês. Para repudiar mais esse abuso da atual direção do Banpará contra os seus funcionários, o Sindicato dos Bancários do Pará, Fetec-CUT/CN, Contraf-CUT e Afebpa protestaram na manhã desta terça (17) em frente à agência Palácio, onde o caso citado acima aconteceu.
“O não pagamento das horas extras tem se tornado algo comum entre o funcionalismo do Banpará, mas nós não aceitaremos essa postura da atual diretoria do Banco e por isso estamos aqui denunciando e também cobrando do Banpará o pagamento das horas extras, que é direito de todo trabalhador. O Banco está descumprindo uma determinação que ele mesmo comunicou oficialmente aos seus funcionários, sobretudo quando manda um trabalhador rasgar seu próprio ponto para assiná-lo novamente, isso é um absurdo que estaremos combatendo incansavelmente”, ressalta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Mais problemas – O desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras do Banpará atinge também os clientes e usuários das agências no interior do Estado. Durante a Caravana Bancária pela região Sudeste na semana passada, a diretoria do Sindicato constatou a necessidade de reforma e ampliação das agências bancárias.
“Não precisa ser nenhum engenheiro ou arquiteto para perceber que as agências e postos de atendimento do Banpará precisam com urgência de uma reforma. Funcionários, clientes e usuários dividem um espaço pequeno, calorento e com pouca segurança”, dispara a diretora de saúde e também funcionária do Banpará, Érica Fabíola.
Apesar de toda precariedade, a atual direção do Banpará afirma que as reformas nas agências do Estado só serão possíveis a partir do ano que vem, e o motivo seria contenção de despesas.
“Os bancários e a população que procura pelos serviços não podem esperar mais. Tem gente adoecendo por causa das péssimas condições de trabalho, mesmo assim, o Banpará parece ignorar o problema, colocando em risco a vida de seres humanos nesses espaços insalubres”, finaliza Rosalina Amorim.
Fonte: Bancários PA
