O país teve 20.599 infecções confirmas só nas últimas 24 horas, com 1.086 mortes de terça-feira para quarta-feira.
O Brasil superou nesta quarta-feira (28) duas tristes marcas na pandemia do novo coronavírus. O país, que é o segundo no mundo em número de pessoas infectadas, ultrapassou o número de 400 mil casos confirmados e 25 mil mortes em decorrência da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o país teve 20.599 confirmações de pessoas infectadas só nas últimas 24 horas. No mesmo período, entre terça e quarta-feira, morreram 1.086 pessoas.
O Brasil só fica atrás dos EUA em números de casos, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkings. Segundo especialistas e órgãos de pesquisa internacionais, o país é novo epicentro global da crise sanitária.
Reabertura precoce em SP
Com a curva de contágio em crescimento, com o estado registrando 6.712 óbitos e 89.483 casos confirmados, o governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (28) um plano de flexibilização da quarentena para 1º de junho.
Isso, apesar de o estado, epicentro da pandemia no país, não ter alcançado as metas de isolamento social estipuladas pelo própria Doria para a reabertura da economia.
A decisão do governo de São Paulo em retomar as atividades econômicas em todo o estado vem sendo criticadas por especialistas que veem risco na reabertura. Na opinião dos profissionais de saúde e infectologistas, ouvidos pelo UOL, a decisão pode ter sido anunciada de forma precoce.
Pelo plano apresentado pelo governador as flexibilizações serão possíveis para cidades que tiverem disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nas redes pública e privada, redução no número de casos de Covid-19, doença provocada pelo novo vírus, com manutenção do distanciamento social nos ambientes públicos e uso obrigatório de máscaras
Em todo o estado, 91% dos leitos de UTI estão ocupados.
Ocupação de leitos de UTI nos Estados
Em pelo menos em cinco estados do Brasil os leitos de UTI públicos dedicados a pacientes com Covid-19 já estão com mais de 90% da lotação. É o que ocorre no Acre, Ceará, Pernambuco, Roraima e Amazonas.
No Amazonas, para cada leito intensivo livre nos hospitais públicos existem três desocupados no sistema privado. Em outros quatro estados as UTIs públicas têm taxa de ocupação superior a 75%, como é o caso de Rio Grande do Norte, Pará Maranhão e Espírito Santo.
Segundo estado com mais casos e mortes, no Rio de Janeiro, há cem leitos de UTI estão vazios no Hospital de Campanha do Maracanã, na Zona Norte do Rio, enquanto 290 pacientes com Covid-19, sendo 211 graves, esperavam por atendimento especializado no estado do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (28).
O Hospital de Campanha do Maracanã, que foi inaugurado com atraso no dia 9 de maio, tem 80 leitos disponíveis no CTI. Destes, 52 estão em uso – taxa de ocupação de 65%. Na unidade semi-intensiva, são 120 leitos disponíveis e 44 ocupados, apresentando taxa de 36% de ocupação.
Em Fortaleza, casos de infectados pela Covid-19 atingiu 37.275 pessoas até as 17h21, última atualização da Secretaria da Saúde.
Fonte: CUT
